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Iraque/Estado Islâmico

Combatentes curdos rompem cerco de jihadistas no norte do Iraque

Deve começar nesta sexta-feira (19) a retirada de milhares de pessoas bloqueadas no Monte Sinjar pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI). Elas devem usar uma estrada liberada pelas forças curdas, que conseguiram chegar até essa região montanhosa do norte do Iraque, próxima da fronteira com a Síria. Vários chefes radicais do EI, entre eles um adjunto do líder Abu Bakr al Bagdadi, foram mortos em ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Combatentes curdos patrulham o povoado de Zumar, perto de Sinjar, no norte do Iraque.
Combatentes curdos patrulham o povoado de Zumar, perto de Sinjar, no norte do Iraque. REUTERS/Ari Jalal
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As Forças Armadas do Curdistão, também chamadas de "peshmergas", romperam o cerco imposto pelos extremistas aos habitantes do Monte Sinjar. Há quase seis meses, os islamitas controlavam a região. A ofensiva contou com a participação de 8 mil combatentes curdos, apoiados pela força aérea internacional. Essa vitória é considerada uma etapa importante na estratégia para enfraquecer o EI. 

Segundo Masrur Barzani, chefe do Serviço de Inteligência do Curdistão, cerca de 100 jihadistas foram mortos desde o início da operação militar, na quarta-feira.

Os combatentes curdos conseguiram abrir caminho para o Monte Sinjar retomando o controle da principal estrada da região. A mesma via foi usada pelos cristãos yazidis para se refugiar dos extremistas nas montanhas. Os yazidis foram retirados do local com a proteção dos combatentes curdos da Síria, mas milhares de iraquianos ainda estavam bloqueados. 

A ofensiva curda tem dois objetivos: a retirada dos civis e uma provável invasão à cidade de Sinjar, considerada estratégica por ficar entre a cidade de Mossul e a fronteira Síria. Sinjar também é vital para os jihadistas, que usam a cidade para seu próprio reabastecimento. 

Morte de chefes jihadistas

O exército curdo já retomou o controle de povoados nos arredores do Monte Sinjar. O restante da região deverá ser liberado em breve, segundo o chefe do Serviço de Inteligência do Curdistão.

O próximo objetivo dos curdos e da coalizão internacional é reconquistar a cidade de Mossul, plataforma da organização Estado Islâmico no Iraque, a meio caminho entre Sinjar e Erbil, a capital do Curdistão iraquiano. 

Além de perder o Monte Sinjar, os jihadistas perderam vários chefes de guerra mortos em bombardeios da força aérea americana. De acordo com o Pentágono, entre as vítimas está o braço direito de Abu Bakr al Bagdadi, líder da organização radical islâmica. 

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