Em gravação, grupo Estado Islâmico ameaça matar refém jordaniano nesta quinta-feira
O grupo ultrarradical islâmico Estado Islâmico prolongou, nesta quinta-feira (29), o prazo para a Jordânia libertar a jihadista iraquiana Sajida al-Rishawi em troca do jornalista japonês Kenji Goto, que é mantido como refém junto com o piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh. Em uma gravação de voz divulgada nesta manhã, Goto diz que se a jihadista não estiver na fronteira turca até o pôr-do-sol, no horário do Iraque, o piloto jordaniano será morto.
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A gravação foi divulgada poucas horas após o primeiro ultimato exigindo a libertação da jihadista, divulgado na terça-feira (27), ter expirado.
O governo japonês declarou que a voz na gravação é "provavelmente" de Goto. Segundo Tóquio, o prazo expira entre 14h30 e 15h da hora universal, entre 11h30 e meio-dia do horário de Brasília. O premiê japonês Shinzo Abe informou que está fazendo de tudo para que o jornalista seja libertado o mais rápido possível.
Troca de reféns
Se os japoneses estão dispostos a realizar a troca de reféns, como propõe o grupo terrorista, a opção parece mais difícil de ser aceita pelo governo e pela opinião pública jordaniana, para quem a prioridade é libertar seu conterrâneo.
Mas uma possível libertação de al-Kassasbeh não está em questão. As negociações envolvem apenas a jihadista e o refém japonês. O Japão tentará persuadir o governo da Jordânia para salvar Goto, já que o outro refém japonês, Haruna Yukawa, acabou sendo executado pelos terroristas, na semana passada.
O piloto jordaniano foi capturado pelo grupo Estado Islâmico em dezembro, depois que o avião que pilotava, pela coalizão internacional que combate os jihadistas, caiu na Síria.
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