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Japão/Fukushima

Usina nuclear de Fukushima registra novo vazamento radioativo

Um novo vazamento de água altamente radioativa foi registrado neste domingo (22) na central nuclear de Fukushima. A informação foi confirmada pela Tepco, empresa que administra a usina japonesa. Nessa semana a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia alertado para a situação no local.

Un contrôle de la centrale de Fukushima.
Un contrôle de la centrale de Fukushima. REUTERS/Tomohiro Ohsumi
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Uma fiscalização realizada durante a manhã revelou que a água que vazou para o mar registrava taxas de radioatividade acima do normal. Segundo um porta-voz da Tokyo Electric Power (Tepco), os índices encontrados eram até 70 vezes acima dos recordes vistos até agora. Ainda de acordo com a empresa, os níveis diminuíram durante o dia.

Conforme a Tepco, uma inspeção havia sido realizada recentemente nos gigantescos reservatórios de água contaminada. No entanto, nenhuma anomalia havia sido constatada.

Essa não é a primeira vez que um vazamento é registrado na central japonesa, que é submetida a controles constantes desde o acidente nuclear de 2011 após o tsunami provocado por um terremoto. Desde então, a gestão da água usada pare resfriar os reatores é um dos principais problemas enfrentados pela Tepco, que não sabe o que fazer com as centenas de milhares de metros cúbicos acumulados nos prédios e reservatórios.

AIEA alerta para riscos em Fukushima

A Agência Internacional de Energia Atômica se exprimiu esta semana sobre os riscos em Fukushima. Após uma inspeção, o diretor da equipe da AIEA, Juan Carlos Lentijo, disse que “progressos significativos foram registrados e que a situação melhorou”. Mas a missão chamou a atenção para a complexidade das estruturas na central e se disse preocupada com o acúmulo de água contaminada.

O líquido é conservado em reservatórios gigantescos, que continuam sendo construídos pela Tepco na região. Mas a AIEA teme que o espaço não seja suficiente e sugere que a empresa administradora jogue a água no mar após um processo de retirada dos elementos radioativos. Segundo a agência, esse tipo de procedimento “é algo feito diariamente no mundo inteiro, na maior parte das centrais nucleares”. O método é contestado pelas organizações ambientais.

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