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Iêmen/Conflito

Diplomatas são retirados diante de situação caótica na segunda maior cidade do Iêmen

Diplomatas sauditas e de diversos outros países foram retirados neste sábado (28) da cidade de Aden, no sul do Iêmen, enquanto a coalizão liderada pela Arábia Saudita prossegue sua ofensiva contra os milicianos xiitas huthis. As Nações Unidas também decidiram evacuar seu pessoal da capital Sanaa em razão da falta de segurança.

Um tanque circulando pelas ruas de Aden nesta sexta-feira.
Um tanque circulando pelas ruas de Aden nesta sexta-feira. REUTERS/Nabeel Quaiti
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A operação Tempestade Decisiva entrou em seu terceiro dia, e os combates entre a coalizão árabe e os rebeldes huthis se intensificaram do norte ao sul do Iêmen. Em Aden, as forças da Marinha Saudita retiraram dezenas de diplomatas de seu país e outros estrangeiros. “As forças da Marinha Saudita realizaram a operação Tornado para evacuar dezenas de diplomatas. Eles foram levados a bordo de navios até Jeddah (no oeste da Arábia Saudita)”, informou a televisão saudita.

A situação é cada vez mais caótica na segunda maior cidade do Iêmen. As ruas são controladas por milicianos armados. Combates violentos entre rebeldes huthis e “comitês populares” fieis ao governo são constantes.

As ruas também estão bloqueadas. Árvores e blocos de pedra impedem qualquer circulação nos bairros controlados pelas milícias xiitas, que contam com ajuda dos grupos que permaneceram fieis ao antigo presidente Ali Abdallah Saleh, que foi obrigado a deixar o poder em 2012. Em um comunicado, Saleh pediu um cessar-fogo e propôs diálogo entre os diferentes protagonistas do conflito, mediado pelos Emirados Árabes Unidos.

O rei da Arábia Saudita, Salman ben Abdelaziz al-Saoud, assegurou, neste sábado, durante a abertura do encontro da Liga Árabe, no Egito, que a intervenção no Iêmen vai durar “até o retorno da segurança no país”.

Itervenção

Desde quinta-feira (26), uma coalizão internacional de países árabes tenta restabelecer a normalidade no Iêmen. A Arábia Saudita mobiliza 150 mil militares e dez aviões de combate. Os Emirados Árabes Unidos entraram com 30 aviões de combate, o Bahrein e o Kuwait com 15 aparelhos cada um e o Catar com dez, segundo o canal de TV saudita Al-Arabiya.

Além desses países, que são vizinhos do Iêmen, a operação militar mobiliza outras nações, como o Egito, a Jordânia, o Sudão, o Paquistão e o Marrocos. Os Estados Unidos, que são aliados do presidente iemenita na luta contra o grupo terrorista Al-Qaeda, anunciaram um apoio logístico à coalizão. Já o Irã, que apóia os rebeldes, acusou a coalizão de "movimento perigoso".

O Iêmen está mergulhado no caos desde setembro do ano passado, quando a rebelião da milícia xiita huthi tomou a capital Sanaa e destituiu o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi.
 

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