Três dias de luto nacional no Quênia após massacre em universidade
Neste sábado (4), o presidente queniano Uhuru Kenyatta, afirmou que os islamitas radicais não farão do país um califado. Kenyatta decretou três dias de luto nacional depois do ataque na quinta-feira (2)de um comando islamita à Universidade de Garissa, que terminou com o trágico saldo de 148 mortos, estudantes na maioria.
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O presidente Uhuru Kenyatta garantiu que o governo fará o possível para apoiar as vítimas e suas famílias e que todos os responsáveis e cúmplices do ataque serão julgados.
O chefe de Estado denunciou a implantação de planejadores e financiadores do terrorismo no seio da sociedade do país, estimando que a radicalização cresce a cada dia: “É o que leva ao terrorismo e isso está ocorrendo abertamente, nas escolas que ensinam o Corão, nas casas e mesquitas através de imãs sem escrípulos”, declarou o presidente.
Califado
Uhuru Kenyatta também acentuou que o Quênia fará de tudo para preservar seu modo de vida e que os islamitas radicais não conseguirão fazer do país um califado.
“Mas o que é preocupante é que o grupo que organizou e financiou o ataque contra o campus da faculdade é formado por pessoas bem integradas na população”, desabafou Kenyatta.
Desfile macabro
Na tarde deste sábado, os corpos nus e ensanguentados dos quatro suspeitos terroristas foram exibidos pela polícia nas ruas de Garissa, diante de uma população revoltada.
Centenas de pessoas, inclusive crianças, foram às ruas acompanhar o desfile macabro, jogando pedras e gritando palavrões.
O chefe da polícia local, Benjamin Ong'ombe, explicou que expôs os mortos para tentar identifica-los, ver se alguém da população poderia reconhecê-los.
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