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Turquia/Redes Sociais

Turquia censura redes sociais para impedir uso de imagem de procurador morto

As autoridades da Turquia ordenaram nesta segunda-feira (6) o bloqueio do Twitter, Facebook e YouTube para impedir a divulgação de imagens do procurador Mehmet Selim Kiraz, morto durante uma ação terrorista no tribunal de Istambul na última terça-feira. Feito refém durante mais de seis horas por dois ativistas armados, o procurador turco e os dois sequestradores foram mortos quando a polícia invadiu o tribunal.

O site Youtube foi bloqueado pelas autoridades turcas.
O site Youtube foi bloqueado pelas autoridades turcas. REUTERS/Umit Bektas
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Uma mensagem postada pela Autoridade Administrativa das Telecomunicações (TIB) no Youtube informa que o bloqueio é "uma medida administrativa". Mas o jornal turco Hürriyet diz que a medida foi tomada após uma decisão judicial que determinou o bloqueio de 166 sites que divulgaram a imagem do procurador, incluindo o Facebook, Twitter e YouTube.

No dia seguinte ao sequestro do procurador, a justiça turca já tinha aberto inquéritos contra quatro jornais acusados de terem publicado a imagem do procurador com uma arma apontada para sua cabeça. O magistrado foi feito refém por ativistas da Frente Partidária de Libertação do Povo Revolucionário (DHKP-C, na sigla em turco), um grupo marxista clandestino.

Em fevereiro, o Parlamento turco aprovou uma disposição legal que autoriza o governo a bloquear um site na internet sem o aval da justiça. Essa decisão parlamentar ignorou um parecer do Supremo Tribunal turco, que tinha rejeitado um pedido de igual teor no ano passado.

Nova censura das redes sociais

Esta não é a primeira vez que a Turquia censura as redes sociais. No ano passado, durante o governo do então premiê Recep Tayyip Erdogan, hoje presidente do país, as redes sociais também foram bloqueadas pelas autoridades para impedir a divulgação de suspeitas de corrupção envolvendo Erdogan e vários integrantes do governo islâmico conservador.

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