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Nigéria/Boko Haram

Um ano depois, adolescentes sequestradas pelo Boko Haram continuam desaparecidas

Vigílias e manifestações acontecem nesta terça-feira (14) na Nigéria e em vários outros países do mundo para lembrar o primeiro ano do sequestro de 276 adolescentes pelo Boko Haram. Os extremistas ameaçaram vender as jovens como escravas ou realizar casamentos forçados e o rapto coletivo emocionou o mundo. Apesar de uma campanha e mobilização mundial, as jovens continuam desaparecidas.

Estudantes sequestradas pelo Boko Haram na Nigéria, em 14 de abril de 2014.
Estudantes sequestradas pelo Boko Haram na Nigéria, em 14 de abril de 2014. AFP/via telegraph
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O sequestro aconteceu em 14 de abril de 2014, quando os islamitas do Boko Haram atacaram a escola pública de meninas da cidade de Chibok, no nordeste da Nigéria. Cerca de 60 estudantes conseguiram escapar, mas o mundo continua sem notíciais de 219 jovens, apesar da campanha mundial #BringBackOurGirls, ou "Devolvam nossas meninas", lançada entre outras pessoas pela primeira-dama americana Michelle Obama.

As buscas continuam, mas até o presidente eleito da Nigéria, Muhamadu Buhari, afirmou hoje que "não pode prometer encontrar as adolescentes". Ele toma posse no dia 29 de maio e prometeu que a luta contra o Boko Haram será a prioridade de seu mandato.

Manifestações e vigílias

O aniversário de um ano do sequestro das estudantes será lembrado em uma manifestação em Abuja, capital da Nigéria, no mesmo local onde o movimento #BringBackOurGirls se reúne diariamente para pedir a libertação das reféns. Uma vigília à luz de velas acontece em uma praça da Lagos, onde há muitos meses foi instalado um painel com o nome das adolescentes sequestradas.

Em Nova York, o Empire State Building será iluminado hoje com as cores de um vestido vermelho e violeta em solidariedade às reféns. “É formidável que o mundo se lembre e transmita a mensagem que não esqueceremos as nossas meninas”, declarou Habiba Balogun, uma das coordenadoras do movimento em Lagos.

Crimes de guerra e contra a humanidade

O sequestro das estudantes de Chibok é apenas a ponta do iceberg das atrocidades cometidas pelo Boko Haram no país. Segundo um relatório da Anistia Internacional publicado nesta terça-feira (14), no último ano os extremistas sequestraram mais de 2.000 mulheres e adolescentes. No mesmo período, 5.500 pessoas foram mortas. A ONG denuncia que crimes de guerra e crimes contra a humanidade são cometidos pelo Boko Haram na Nigéria.
 

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