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Ucrânia/ conflito

Ucrânia entra em nova onda grave de violência

Nova escalada de violência no leste da Ucrânia. Pelo menos 24 pessoas morreram nas últimas 24 horas na região. O governo ucraniano acusa os separatistas pró-russos de terem lançado uma ofensiva para conquistar a cidade de Mariinka, próxima de Donetsk. A União Europeia (UE) denunciou nesta quinta-feira (4) a escalada dos confrontos no leste do país, estimando que se trata da violação mais grave do cessar-fogo alcançado em fevereiro.

Bombardeio em Donetsk, Ucrânia, nesta quarta-feira (3).
Bombardeio em Donetsk, Ucrânia, nesta quarta-feira (3). REUTERS/Alexander Ermochenko
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As acusações mútuas de rompimento dos acordos de cessar-fogo se repetem. O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, apontou o exército ucraniano como o responsável pela deterioração do conflito. Lavrov declarou que o processo de paz no leste da Ucrânia pode "explodir em pedaços" pelas ações de Kiev.

Já as autoridades ucranianas acusaram os separatistas pró-russos de terem desencadeado, na quarta-feira, uma grande ofensiva com mais de dez carros de combate e mil soldados contra suas posições em Mariinka. Os rebeldes negaram essas acusações, mas confirmaram que ocorreram combates perto desta localidade.

Cinco civis estão entre as vítimas. Segundo o porta-voz dos rebeldes pró-russos, 14 de seus combatentes morreram, enquanto as autoridades de Kiev informaram que cinco de seus soldados perderam a vida nos confrontos.

Ameaça “gigantesca” à paz

O presidente ucraniano, Petro Porochenko, advertiu para a ameaça "gigantesca" de uma retomada em grande escala dos ataques dos separatistas pró-russos no leste do país. Em seu discurso anual no Parlamento, no qual afirmou que pelo menos 9 mil soldados russos estão atualmente na Ucrânia, Porochenko disse que mais de 50 mil "heróis ucranianos defendem o país".

A União Europeia condenou a escalada do conflito. "Os violentos combates ao redor da localidade de Mariinka, perto de Donetsk, no leste da Ucrânia, constituem a mais grave violação do cessar-fogo (...) desde fevereiro", declarou uma porta-voz da diplomacia do bloco.

Estes são os confrontos mais violentos desde que os rebeldes tomaram a cidade estratégica de Debaltsev, a meio caminho entre os redutos separatistas de Donetsk e Lugansk. A conquista dos insurgentes ocorreu pouco depois da entrada em vigor do cessar-fogo de 15 de fevereiro, fruto dos acordos de paz de Minsk 2.

Movimentação de blindados

Em um documento publicado na quarta-feira, a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) indicou ter observado o "movimento de um grande número de armas pesadas nos territórios controlados pela República Popular de Donetsk, geralmente a oeste da linha do front, perto de Mariinka, antes e durante os combates". A OSCE, cuja missão é observar os acontecimentos no leste da Ucrânia, disse que viu oito veículos blindados se dirigindo rumo ao oeste, assim como um caminhão militar transportando uma peça de artilharia de calibre 122 milímetros e uma coluna de infantaria.
 

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