Exclusivo RFI: Soldados turcos na Síria

Soldados turcos juntaram-se aos combatentes do Turquemenistão e terão sido enviados para uma zona de segurança no norte de Alepo, na Síria. O porta-voz da brigada turquemena avança que cerca de 600 soldados terão sido deslocados para o terreno, Ancara já veio desmentir esta imformação

Centenas de soldados turcos estariam a se enviados para a Síria MARWAN IBRAHIM / AFP

Ancara e Washington tinham acordado o estabelecimento de uma zona de segurança no norte da Síria para bombardear o autodenominado grupo do Estado islâmico, excluindo, na altura o envio de soldados para o terreno. Três semanas depois do lançamento da ofensiva anti-terrorista, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, afirmou que esta opção pode vir acontecer, no caso de a Turquia ser ameaçada pelo grupo jihadista ou pelas forças fiéis ao regime de Bachar al-Assad.

Segundo o correspondente da RFI em Istambul, Jérôme Bastion, desde segunda-feira, que centenas de soldados turcos terão sido enviados para território sírio juntando-se aos combatentes turquemenes. Contactado esta terça-feira por telefone, um oficial do grupo Ahrar al-Sham, aliado de Ancara, disse ter assistido à entrada de um grupo de cerca de 300 combatentes turquemenes vindos da Turquia, e entre eles estariam igualmente soldados turcos. Ao final desta manhã as autoridades turcas vieram desmentir o envio de soldados turcos para a Síria.

O que são as brigadas do Turquemenistão

As brigadas do Turquemenistão fazem parte da unidade de elite turquemene composta por cinco mil homens e conhecida por exército da Revolução, benificiariam de apoio logístico e militar por parte de Ancara. Em entrevista à agência Sputnik, o porta-voz do exército da revolução referiu que o número de militares turcos enviados para a Síria rondaria os 600, no entanto o número ainda não foi confirmado. Testemunhas locais relatam a passagem de vários camiões com a bandeira turca,  transportando soldados e armamento pesado.

Este reforço de homens no terreno acontece um dia depois do anúncio de retirada da Frente al-Nosra, filial da Al-Qaida, da zona de segurança no norte da Síria.