Grécia e os migrantes da ilha de Kos
As tentativas efectuadas por migrantes para atingirem as costas europeias, prosseguem com consequências trágicas como o confirma a morte neste sábado de pelo menos 40 pessoas ao largo das costas italianas e gregas.
Publicado a: Modificado a:
A ilha grega de Kos simboliza a maneira confusa como a Europa tem respondido a pior crise de refugiados, desde a Segunda Guerra Mundial. Instalados na carcaça de um hotel abandonado,os migrantes provenientes tanto do Médio-Oriente como do Afeganistão estão entregues à si próprios, privados de condições sanitárias básicas e sem alimentação durante vários dias.
A semana passada o processo visando a legalização administrativa de dois mil refugiados, realizado num recinto desportivo da ilha de Kos, resultou num caos, quando as forças policiais interviram para restabelecer a normalidade. Na falta de ajuda por parte do governo grego, são voluntários locais e turistas de boa vontade que têm contribuido, segundo observadores, para aliviar o sofrimento dos migrantes.
De acordo com Stella Nanou, porta-voz do Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas, não há na ilha de Kos, um sistema organizado de distribuição de alimentação aos refugiados. A municipalidade de Kos, o governo grego e a União Europeia imputam-se mútuamente a responsabilidade da situação. A união Europeia decidiu disponibilizar com urgência o montante de 2,7milhões de euros para que a Grécia afectada por uma forte crise financeira, possa enfrentar a actual situação de caos resultante da chegada constante de migrantes às ilhas gregas.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro