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Argentina, Colômbia, Guatemala, Haiti

Argentina, Colômbia, Guatemala e Haiti foram a votos

Hoje é dia de rescaldo ou contagem de votos na Argentina, Colômbia, Guatemala e Haiti. As eleições gerais no Haiti decorreram com tranquilidade. Na Argentina, vai ser necessária uma segunda volta inédita das eleições presidenciais. Na Colômbia, a esquerda foi a grande derrotada nas eleições regionais e locais. Na Guatemala, um actor cómico foi eleito presidente do país.O cómico Jimmy Morales, agora presidente da Guatemala, e o músico Michel Martelly, candidato à reeleição para a presidência do Haiti, são apenas alguns dos artistas a deixarem-se atrair pelas malhas da política. Entre os mais famosos, a lista é encabeçada por Ronald Reagan, um antigo cowboy de Hollywood ou Arnold Schwarzenegger, “o exterminador implacável” da sétima arte norte-americana.

REUTERS/Gleb Garanich
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Haiti : Eleições marcadas pelo alívio de um voto tranquilo

No Haiti, a sensação era de alívio. As eleições gerais decorreram sem grandes incidentes, ao contrário do que tinha acontecido a 9 de Agosto, na primeira volta das legislativas, quando o escrutínio ficou manchado pela elevada abstenção, fraude eleitoral e confrontos que provocaram dois mortos.

Este domingo, a primeira volta das eleições presidenciais e a segunda das legislativas e municipais foi marcada por uma significativa participação eleitoral, abrindo a esperança de estabilização de um país mergulhado numa crise política desde 2011. Os resultados não devem ser conhecidos antes de Novembro.

 

Argentina: Conservador Mauricio Macri obriga a inédita segunda volta

O sufrágio deste domingo na Argentina ditou a necessidade de se realizar, pela primeira vez na história do país, uma segunda volta das eleições presidenciais. Os eleitores voltam a ir às urnas a 22 de Novembro para escolher entre o candidato apoiado pela presidente cessante Daniel Scioli e o conservador Mauricio Macri.

Mauricio Macri, presidente da Câmara de Buenos Aires, conquistou um resultado inesperado de cerca de 35 por cento dos votos, contra 36 por cento para o candidato do centro-esquerda Daniel Scioli.Apoiado pela presidente Cristina Kirchner, Scioli era visto como favorito na primeira volta, mas acabou por representar uma queda espectacular da coligação, no poder desde 2003.

Uma nova página abre-se na Argentina após doze anos de poder do casal Kirchner: primeiro o marido Nestor Kirchner, presidente de 2003 a 2007, depois a esposa Cristina Kirchner, chefe de Estado entre 2007 e 2015, a qual não pôde candidatar-se a um terceiro mandato.

 

Colômbia: Bogotá deixa de ser o bastião da esquerda

Na Colômbia, pela primeira vez em doze anos, Bogotá deixou de ser governada pela esquerda. O economista de centro-direita Enrique Peñalosa, candidato por um dos partidos que formam a coligação no poder, conquistou o até agora bastião da esquerda, altamente criticada pela insegurança e pelo caos nos transportes nesta cidade de oito milhões de habitantes.

Os eleitores foram chamados a votar, este domingo, nas eleições regionais e locais, nas quais a esquerda foi mesmo a grande derrotada. O escrutínio confortou o poder da coligação que governa com o Presidente Juan Manuel Santos, pouco tempo depois do retomar das conversações de paz entre o governo e a guerrilha das FARC e face à promessa de um acordo de paz até 23 de Março para acabar com uma guerra que fez pelo menos 220.000 mortos.

 

Jimmy Morales: De actor cómico a presidente da Guatemala

Na Guatemala, o actor cómico Jimmy Morales venceu a segunda volta das eleições presidenciais com um resultado histórico.

O candidato, de 46 anos, da Frente de Convergência Nacional, foi eleito Presidente com mais de 67% dos votos, o dobro da rival e ex-primeira-dama Sandra Torres, da Unidade Nacional da Esperança, com 32,57% dos votos.

Mais de 7,5 milhões de guatemaltecos foram chamados às urnas e a grande maioria deixou-se convencer pelo actor e animador de televisão sem qualquer experiência política.

 


Artistas atraídos pela política

O cómico Jimmy Morales, eleito este domingo presidente da Guatemala, e o músico Michel Martelly, candidato à reeleição para presidente do Haiti, também este domingo, são apenas alguns dos artistas a deixarem-se atrair pelas malhas da política.

Entre os mais famosos, a lista é encabeçada por Ronald Reagan, um antigo cowboy de Hollywood, eleito governador republicano da Califórnia (1966-1975) e presidente dos Estados Unidos (1981-1989).

Segue-se o não menos famoso Arnold Schwarzenegger, “o exterminador implacável” da sétima arte norte-americana, também eleito governador republicano da Califórnia (2003- 2010).

Em Itália, destaque para o cómico Beppe Grillo, que em 2009 chegou à liderança do Movimento Cinco Estrelas, graças ao descontentamento popular com os partidos tradicionais.

Os italianos também se deixaram conquistar por Cicciolina, uma estrela do cinema pornográfico e por uns tempos esposa do artista plástico Jeff Koons, que foi eleita deputada do Parlamento italiano em 1987.

Em França, foi um outro actor cómico que tentou uma carreira política ao apresentar-se como candidato às presidenciais de 1981.

 

 

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