França: 10 anos depois dos motins dos subúrbios
O chefe do executivo francês, Manuel Valls, deslocou-se a Mureaux, localidade dos subúrbios de Paris, acompanhado de 17 ministros para anunciar uma série de medidas visando lutar contra o "apartheid social, territorial e étnico" na periferia das grandes cidades, palco há 10 anos atrás de semanas de motins.
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A morte de dois jovens electrocutados num transformador aquando de uma perseguição policial fora o rastilho de pólvora que desencadera há uma década semanas de tumultos, um pouco por todo o país.
Os jovens das periferias queixavam-se da degradação das suas condições de vida e da exclusão social.
Daí o facto de muitos dos anúncios agora feitos se prenderem com a luta contra as discriminações.
A habitação social é um dos grandes motes do executivo que denunciou as câmaras municipais que se têm furtado a incentivar a mestiçagem social, ou seja permitir a representação das várias classes sociais, com cidadãos de origens diversas.
O facto de muitos subúrbios pobres concentrarem muitos cidadãos de origens estrangeiras, nomeadamente africana, fora denunciado por muitos sectores como representativa da exclusão social de que seriam alvo os habitantes.
O primeiro-ministro que já denunciara o "apartheid" nas periferias das grandes cidades voltou hoje a falar em apartheid "social, territorial e étnico".
Primeiro-ministro francês Manuel Valls acerca dos 10 anos dos motins dos subúrbios
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