UE toma medidas contra terrorismo

Na capital belga estiveram reunidos os ministros do Interior e da Justiça da União Europeia (UE) com vista a rever medidas para fazer face à ameaça terrorista; o controlo das fronteiras e a legislação europeia sobre as armas de fogo e sobre o financiamento do terrorismo devem ser revistos de imediato. 

Christiane Taubira, ministra da Justiça e Bernard Cazeneuve, ministro do Interior francês REUTERS/Eric Vidal

Bruxelas foi hoje palco de uma reunião extraordinária convocada na sequência dos atentados de Paris. O encontro foi solicitado pelas autoridades francesas para que os 28 países membros da UE passem das palavras à acção referiu o ministro francês do Interior; “pedimos esta reunião porque defendemos que a Europa, após de ter perdido demasiado tempo com certas questões, agora conceda a devida urgência às decisões que se impõem”, disse Bernard Cazeneuve à chegada a Bruxelas.

Presente no encontro esteve ministro da Justiça português Fernando Negrão que, ao início da tarde em entrevista à RFI, referiu ser muito importante perceber "as medidas que estão a ser discutidas no âmbito europeu e no seio da UE. Não há aqui países, a França teve esse cuidado que a discussão não fosse feita de forma unilateralmente por cada um dos países, mas sim no conjunto dos países da UE".

Segundo o ministro da Justiça português esta é uma garantia de que as medidas hoje em discussão têm o aval de todos os países da UE e a garantia da preservação dos valores da Europa; "estivemos toda a manhã reunidos no sentido de que os ataques terroristas levados a cabo em França são ataques levados a cabo em toda a Europa e, por isso, precisamos de melhorar e de potenciar o funcionamento de todos os instrumentos de segurança que a União Europeia tem, designadamente, a Europol (Serviço Europeu de Polícia), a Frontec (Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia), no que diz respeito à área das fronteiras e este conjunto de medidas é fundamental para um melhor combate ao terrorismo".

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Ministro da Justica português Fernando Negrão