Venezuela:eleições renhidas para o chavismo
Os venezuelanos foram este domingo às urnas para renovar o seu parlamento, tendo como pano de fundo uma forte crise económica, que poderá pôr em causa a continuidade da maioria chavista ,no poder desde há dezasseis anos por intermédio do Partido Socialista Unificado da Venezuela.O ex-conselheiro das Comunidades Portuguesas da Venezuela, Luís Jorge dos Santos explica à RFI que uma vitória da oposição não vai implicar uma mudança significativa na vida política venezuelana.
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Pela primeira vez em dezasseis anos e a após a morte de Hugo Chavez em 2013, o domínio da vida política pelo chavismo e o Partido Socialista Unificado , parece ameaçado pela oposição de direita.Segundo os analistas, a oposição beneficia do desespero provocado pela forte estagnação da economia venezuelana e a penúria , nomeadamente em bens de primeira necessidade, decorrente da crise , que provoca uma tensão social.
Todavia, a MUD(Mesa da Unidade Democrática), coligação heterogénea da oposição, formada por mais de trinta partidos que vão da esquerda à direita mais radical, não propõe um verdadeiro programa alternativo e de combate à crise, baseando-se apenas na rejeição do chavismo.
De acordo com os observadores, a MUD está dividida entre uma ala moderada , liderada pelo ex-candidato à presidencial Henrique Capriles e uma radical, cujo chefe Leopoldo Lopez, está actualmente na prisão, por ter sido acusado de atentar contra a segurança de Estado.
A divisão do mapa eleitoral, mais favorável aos candidatos chavistas, poderia resultar numa pequena maioria para a MUD, que em caso de vitória deverá contar com os poderes do presidente Nicolas Maduro.
Maduro poderá limitar a margem de manobra do parlamento, ao governar directamente por decreto.
Com cerca de vinte milhões de eleitores e perante o descontentamento dos partidários e simpatizantes do Partido Socialista Unificado , núcleo central do chavismo ,liderado pelo presidente Nicolas Maduro a grande incógnita do escrutínio será a taxa de abstenção.
Em entrevista à RFI, Luís Jorge dos Santos, ex-conselheiro das Comunidades Portuguesas na Venezuela que permanece activo na vida associativa dos portugueses do país da América do Sul, explica o contexto em que decorrem estas legislativas venezuelanas.
Entrevista Luís Jorge dos Santos
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