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Política/Venezuela

Venezuela:eleições renhidas para o chavismo

Os venezuelanos foram este domingo às urnas para renovar o seu parlamento, tendo como pano de fundo uma forte crise económica, que poderá pôr em causa a continuidade da maioria chavista ,no poder desde há dezasseis anos por intermédio do Partido Socialista Unificado da Venezuela.O ex-conselheiro das Comunidades Portuguesas da Venezuela, Luís Jorge dos Santos explica à  RFI que uma vitória da oposição não vai implicar uma mudança significativa na vida política venezuelana.

Agente do Conselhol Nacional Eleitoral prepara a máquina de voto ,com em pano de fundo um retrato de Hugo  Chavez,pai da Revolução Bolivariana. Caracas.06 de Dezembro 2015
Agente do Conselhol Nacional Eleitoral prepara a máquina de voto ,com em pano de fundo um retrato de Hugo Chavez,pai da Revolução Bolivariana. Caracas.06 de Dezembro 2015 REUTERS/Marco Bello
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 Pela primeira vez em dezasseis anos e a após a morte de Hugo Chavez em 2013, o domínio da vida política pelo chavismo  e  o Partido Socialista Unificado , parece ameaçado pela oposição de direita.Segundo os analistas, a oposição beneficia do desespero provocado pela forte estagnação da economia venezuelana e a penúria , nomeadamente em bens de primeira necessidade, decorrente da crise , que provoca uma tensão social.

 Todavia, a MUD(Mesa da Unidade Democrática), coligação heterogénea  da oposição, formada por mais de trinta partidos que vão da esquerda à direita mais radical, não propõe um verdadeiro programa  alternativo e de combate à crise, baseando-se apenas na rejeição do chavismo.

De acordo com os observadores, a MUD está dividida entre uma ala moderada , liderada pelo ex-candidato à presidencial Henrique Capriles e uma radical, cujo chefe Leopoldo Lopez, está actualmente na prisão, por ter sido acusado de atentar contra a segurança de Estado.

 A divisão do mapa eleitoral, mais favorável aos candidatos chavistas, poderia resultar numa pequena maioria para a MUD, que em caso de vitória deverá contar com os poderes do presidente Nicolas Maduro.

 Maduro poderá limitar a margem de manobra do parlamento, ao governar directamente por decreto.

Com  cerca  de vinte milhões de  eleitores e  perante  o descontentamento dos partidários e simpatizantes do Partido  Socialista Unificado , núcleo central  do chavismo ,liderado pelo presidente Nicolas Maduro a grande incógnita do escrutínio será a taxa de abstenção.

Em  entrevista à  RFI, Luís Jorge dos Santos, ex-conselheiro das Comunidades Portuguesas na Venezuela que permanece activo na  vida associativa dos portugueses do país  da América do Sul, explica  o contexto em  que decorrem estas legislativas venezuelanas.

05:28

Entrevista Luís Jorge dos Santos

     

        

 

 

 

    

 

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