OMS decreta Emergência de Saúde Pública de âmbito internacional
Ontem à noite em reunião de emergência, a OMS, Organização Mundial de Saúde, anunciou que o vírus Zika e a sua ligação a deformações em recém-nascidos é uma "emergência de saúde pública de âmbito internacional”.
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"Emergência de Saúde Pública de âmbito internacional”, designação rara que abre caminho à acção médica global. A decisão foi anunciada ao final da tarde de segunda-feira pela directora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, depois de consultar um painel de vinte especialistas e diplomatas reunidos de emergência em Genebra na Suíça.
Margaret Chan disse que a explosão do número de recém-nascidos com cérebros e crânios anormalmente pequenos no último ano, sobretudo no Brasil, está ligada a casos semelhantes de 2014 na Polinésia Francesa, e que ambos estão associados ao vírus Zika. Não há ainda provas de que este vírus seja o causador destas deformações, mas a directora-geral da OMS disse não querer esperar mais para convocar uma ameaça internacional.
Ainda sem provas concretas, há uma forte possibilidade de ligação entre o vírus Zika e os casos de microcefalias nos recém-nascidos. Mais de 3 500 casos foram identificados no Brasil.
Para Vítor Laerte Pinto Júnior, investigador brasileiro ligado à Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, e que trabalha como cientista no Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa, se a ligação for confirmada, as consequências podem ser muito graves para a próxima geração.
Vítor Laerte Pinto Júnior, Investigador Brasileiro
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