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Itália

Morreu Umberto Eco gigante das letras e semiótica

Umberto Eco, italiano e gigante das letras, filosofia e semiótica, morreu esta sexta-feira, 19 de fevereiro, vítima de cancro, em sua casa, em Milão, Itália, conhecido sobretudo pelos seus romances, como "O Nome da Rosa."

Umberto Eco, romancista e filósofo italiano, autor de O Nome da Rosa, morto, em Milão, a 19 de fevereiro de 2016
Umberto Eco, romancista e filósofo italiano, autor de O Nome da Rosa, morto, em Milão, a 19 de fevereiro de 2016 REUTERS/Andrea Comas
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Umberto Eco, morreu esta sexta-feira, 19 de fevereiro, no seu domicílio, em Milão, na Itália, vítima de um cancro. O gigante das letras, linguística, filosofia e semiótica, deixou este mundo, com a idade de 84 anos, indo juntar-se, no Olimpo latino, aos seus pares como Virgílio, Horácio ou Dante, que tanto admirava.

Umberto Eco, era filósofo de formação e escreveu uma tese sobre a estética na obra de Tomás de Aquino, mas era sobretudo conhecido como escritor e grande romancista, de obras como "O Nome da Rosa", publicado, em 1980 e adaptado ao cinema pelo francês, Jean-Jacques Annaud.

De destacar ainda entre os seus livros mais lidos, "O Pêndulo de Foucault", "O Cemitério de Praga" e "Número Zero", o seu último livro, publicado o ano passado, sobre o jornalismo nos seus diferentes ângulos.

Umberto Eco, que era muito severo com os jornalistas caricaturados através do Império de mídias do antigo primeiro-ministro italiano,  Berlusconi, defendia que o jornalista deve ser sobretudo crítico.

Aliás, ele tinha uma actividade jornalística com colaborações em vários jornais europeus e americanos.

Professor de estética, literatura e semiótica, de que foi um dos principais teóricos europeus, Umberto Eco, fundou  em 1971, a revista “Versus” dedicada precisamente a estudos semióticos.

Umberto Eco, foi professor e conferencista mundial em várias Universidades americanas e europeias, nomeadamente, na sua terra natal, Itália, em Milão e Florença, ou aqui em França, no prestigiado  Colégio de França, onde leccionam catedráticos eméritos do mundo inteiro.

Escritor de sensibilidade política de esquerda, não gostava da direita populista de Berlusconi e defendia uma intervenção pública dos escritores, reconhecendo, porém, que não conseguem “mudar o mundo”, como declarou numa das suas múltiplas entrevistas e conferências em Paris.

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Umberto Eco, romancista e pensador sobre papel do escritor

 

 

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