Síria aceita cessar-fogo
O regime de Damasco aceitou, esta terça-feira, o projecto russo-norte-americana de cessar-fogo, contudo disse que ia continuar a combater os "grupos terroristas" como o Estado Islâmico (EI) e a Frente Al-Nosra, excluídos do acordo.
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A trégua deve começar à meia-noite, hora local, de sábado e excluí os grupos os "grupos terroristas" como o Estado Islâmico (EI) e a Frente Al-Nosra , que controlam vastos territórios sírios. No terreno, rebeldes e civis mostram-se cépticos quanto à aplicação do cessar-fogo, duvidando das intenções do regime e dos seus aliados.
"A República árabe da Síria anuncia que aceita a cessação das hostilidades", avançou esta amanhã o ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, num comunicado a que teve acesso a AFP. No documento o regime garante que vai continuar as "operações militares para lutra contra o terrorismo do grupo do Estado Islâmico, Frente Al-Nosra e outros grupos terroristas associados, em conformidade ao anúncio russo-norte-americano".
O ministério acrescentou ainda que " o governo Sírio está disposto a coordenar com as autoridades russas para determinar quais são as regiões e os grupos armados que vão incluir este cessar-fogo".
Desde 2011 que o conflito sírio já provocou a morte a mais de 260.000 pessoas, o regime não faz qualquer distinção entre activistas, rebeldes e jihadistas, qualificando-os a todos como "terroristas".
O principal grupo da oposição (Alto Comité da Oposição para as Negociações) veio dizer que aceita o cessar-fogo, sob a condição de que seja respeitadaa resolução 2254 da ONU, adoptada em Dezembro. Esta resolução prevê o levantamento do cerco a 18 localidades sitiadas por exército e rebeldes e a entregue de ajuda humanitária.
Assad anuncia eleições a 13 de Abril
Sem evocar o acordo para criar um governo transitório, o regime sírio anunciou ontem, de forma inesperada, a convocação de eleições legislativas para o dia 13 de Abril, treze meses antes da data acordada. Esta trégua é vista como um novo teste às negociações de paz com vista à convocação de novas eleições no país, três semanas após o fracasso da nova ronda de negociações em Genebra.
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