Brasil: Dilma aproveitou 1° de Maio para denunciar golpe
No Brasil as marchas do Dia do trabalhador tiveram neste domingo um significado especial. O Partido dos trabalhadores da presidente Dilma Rousseff veio para a rua apoiá-la. E isto já que esta está seriamente ameaçada de destituição pelo Senado nos próximos dias num caso de alegada alteração das contas públicas para garantir a sua reeleição em 2014.
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A chefe de Estado brasileira voltou a denunciar um golpe em curso.
"Não é um golpe militar que nós conhecemos no passado: com tanques na rua. É um golpe especial. Eles rasgam a constituição do país. Eu quero dizer para vocês que eu vou resistir. Eu vous resistir e vou lutar até ao fim", afirmou Dilma Rousseff interrompida pela multidão que participou com o PT, Partido dos trabalhadores, no poder, na manifestação do Dia do Trabalhador.
A multidão que gritava "Dilma guerreira do povo brasileiro".
Dilma Rousseff e o seu Dia do Trabalhador
O Senado, a câmara alta do parlamento brasileiro, deve anunciar na próxima semana se dá provimento ao processo iniciado pela Câmara dos deputados, a câmara baixa, em prol da destituição da presidente.
Caso esse cenário, tido como verosímil, for adoptado Dilma Rousseff seria imediatamente afastada do poder e substituída pelo seu vice-presidente Michel Temer, do PMDB, partido que entretanto retirou a sua confiança política à chefe de Estado.
Nesse caso a presidente brasileira poderá vir a ser julgada, facto inédito na história do Brasil.
Dilma Rousseff contesta a validade jurídica dos seus detractores, acusando este processo de destituição de ser um golpe de Estado.
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