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Coreia do Norte

Congresso do partido único da Coreia do Norte

Decorre em Pyongyang a partir de hoje e durante 4 ou 5 dias -não há informações exactas- o primeiro congresso em 36 anos do partido único -o Partido dos Trabalhadores- um congresso suposto reforçar a posição do presidente norte-coreano Kim Jong-Un, 4 anos depois de ter sucedido ao pai, o segundo de uma dinastia cujo regime, tido como um dos mais fechados do mundo, está instalado há 70 anos.

O dirigente norte-coreano, Kim Jong-Un, em Fevereiro deste ano.
O dirigente norte-coreano, Kim Jong-Un, em Fevereiro deste ano. AFP
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Milhares de delegados vieram do país inteiro para celebrar Kim Jong-Un como o "Grande sol do século XXI" e confirmar a sua liderança. No quadro deste encontro para o qual a imprensa oficial mas também a imprensa internacional foram convidadas, embora sem acesso ao Palácio da Cultura onde decorre o evento, não existe uma agenda clara de trabalhos, sabendo-se apenas que deve ser consagrada a "Byongjin" a política que o jovem presidente de 33 anos pretende colocar em prática. Esta política cujo objectivo é dar um maior protagonismo ao partido face ao exército sobre o qual se alicerçou o poder do seu pai, tem como linhas mestras o desenvolvimento em paralelo da economia e das capacidades nucleares da Coreia do Norte.

Ainda antes do congresso, as autoridades enalteceram os "resultados milagrosos" do país, a agência noticiosa oficial indicando que os objectivos de produção no sector industrial tinham sido preenchidos a 144%, a produção de electricidade tendo cumprido 110% do que estava previsto. No respeitante à capacidade nuclear, Kim Jong-Un saudou o ensaio nuclear "histórico" conduzido por Pyongyang em Janeiro, o primeiro de uma série que criou uma onda de pânico nos países da região, em particular a Coreia do Sul. Aliás, em finais de Abril, a imprensa de Seul noticiava que a Coreia do Norte poderia conduzir muito em breve um novo ensaio, o intuito sendo de Pyongyang tornar-se "uma potência nuclear internacionalmente reconhecida" segundo o governo do seu vizinho do sul.

Embora especialistas considerem que a política que Kim Jong-Un pretende implementar não é realista, o facto é que os seus quatro anos na chefia do Estado têm sido marcados por mudanças no núcleo duro do poder, com purgas e outras execuções, aquela que mais marcou os espíritos tendo sido a execução em 2013 do seu poderoso tio, Jan Song Thaek, sobre quem se tinha contudo apoiado quando ascendeu ao poder depois da morte do pai em Dezembro de 2011.

 

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