Portugal: Comissão Europeia adia decisão sobre eventuais sanções
A Comissão Europeia adiou a decisão sobre as eventuais sanções impostas a Portugal e Espanha devido ao excesso deficitário da economia de ambos os países. A nova meta imposta pela União Europeia é a de um défice de 2,3% no final de 2016.
Publicado a: Modificado a:
Para atingir esta meta, o comissário europeu encarregado dos assuntos económicos, Pierre Moscovici, considera que terão que ser tomadas novas medidas pelo governo português tendo em conta que as medidas actuais do governo apenas permitiriam atingir os 2,7% de défice.
O primeiro-ministro português, António Costa, recusou este cenário ao avançar que o governo prevê atingir um défice de 2,2% em 2016 e que não encara a "necessidade de medidas adicionais para alcançar o objectivo a que nos propomos, quanto mais para alcançar um objectivo menos ambicioso".
O adiamento da decisão explica-se nomeadamente devido ao período de indecisão política que atravessa a Espanha, que se encontra sem governo e que só terá eleições legislativas em Junho. Pierre Moscovici adiantou que, neste momento, "não há um governo capaz de tomar as medidas em Espanha".
O eurodeputado português do PSD, Paulo Rangel, considera que a Comissão Europeia tomou esta decisão para manter o governo português sob pressão e que este deveria aplicar medidas para evitar uma derrapagem orçamental.
Paulo Rangel, eurodeputado português do PSD
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro