O risco de transmissão do Zika na Madeira é pequeno
A Presidente do Instituto de Administração da Saúde da Região autónoma da Madeira, Ana Nunes, disse hoje em entrevista à RFI que o risco de transmissão local do vírus Zika é pequeno porque actividade do mosquito é baixa neste momento.
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Ana Nunes reagiu assim ao apelo da Organização Mundial da Saúde que, esta semana, pediu vigilância aos países europeus mais expostos ao risco de propagação do vírus Zika com a chegada do verão. A OMS diz que há um risco "baixo a moderado" de surto de Zika na Europa e acrescenta que a ilha portuguesa da Madeira ou os países à volta do Mar Negro devem aumentar os níveis de prevenção da doença.
A Presidente do Instituto de Administração da Saúde da região autónoma da Madeira, explicou que o pelo facto de existir na região o mosquito Aedes aegypti faz com que a exposição seja maior. "É natural que tendo o vector que é transmissor do Zika, Dengue ou Chikungunya que a exposição à entrada de alguém portador do vírus pode acontecer".
Ana Nunes diz que as autoridades de saúde em Portugal, nomeadamente na região, mantém a vigilância apertada desde 2005. " As autoridades estão a fazer o trabalho quer a nível entomológico quer a nível epidemiológico desde a altura em que tivemos a presença do mosquito 2005/2006. É conhecido que nós tivemos um surto de Dengue em 2012 e nessa altura foi incrementado um trabalho maior no âmbito da vigilância".
A vigilância foi a palavra escolhida pela directora regional da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab, ao pedir aos países com risco maior para reforçarem as capacidades nacionais e as actividades que previnam um grande surto de Zika. A Região Europeia da OMS abrange 53 países e quase 900 milhões de pessoas. Vai desde o oceano Árctico até ao Mar Mediterrâneo, a sul, do Atlântico, a oeste, até ao Pacífico, a leste.
A Presidente do Instituto de Administração da Saúde da Região autónoma da Madeira ressalva a ideia de que o risco de transmissão local é pequeno. " A região não tem doença, a região tem o vector. Não temos nenhum caso autóctone desde 2013, o risco de transmissão local é pequeno, porque a actividade do mosquito é baixa".
Ana Nunes, presidente do Instituto de Administraçao da Saúde da região autónoma da Madeira
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