Impasse permanece em torno da lei trabalho
Apesar de algumas emendas governamentais apresentadas ontem e apesar do chefe do governo francês ter mantido o diálogo com as organizações sindicais, o impasse permanece em torno da "lei trabalho". Os sete sindicatos, entre os quais a CGT e FO, que têm conduzido a luta contra esta reforma nos últimos 4 meses apelaram hoje à continuidade da mobilização, estando prevista uma acção no dia 5 de Julho, dia em que o texto deve ser debatido no parlamento.
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Os deputados, reunidos em comissão, começaram hoje a integrar as modificações propostas ontem pelo governo, nomeadamente emendas dando um papel mais importante aos sindicatos na reforma no código do trabalho. Contudo, o polémico artigo n°2 que dá primazia aos acordos de empresa em relação aos acordos sectoriais, continua intacto. Tanto o primeiro-ministro como o próprio presidente Hollande reiteraram que está fora de questão tocar na "coluna vertebral" do texto.
Perante este impasse, no parlamento, tanto entre os apoiantes do texto como dos seus adversários, todos têm em mente a possível utilização do famoso artigo 49-3 da Constituição que autoriza o governo a fazer passar o seu projecto em força. Do lado da CGT, o seu líder, Philippe Martinez, promete mais mobilização na "rentrée", referindo que "uma lei votada pode nunca ser aplicada". Por seu turno, numa entrevista concedida hoje ao jornal "Les echos", o presidente Hollande faz um balanço positivo da sua acção e às acusações de traição aos ideais de esquerda, ele responde "traição teria sido de deixar o país no estado no qual o encontrei."
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