Polónia: Papa junta-se às Jornadas Mundiais da juventude
O papa Francisco chegou esta tarde a Cracóvia, na Polónia, para participar nas Jornadas mundiais da juventude, evento reunindo mais de um milhão de católicos. O sumo pontífice prestou homenagem a João Paulo II, papa polaco que iniciara este movimento dos jovens católicos do planeta.
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O evento decorre sob o signo da misericórdia, em pleno ano jubilar alusivo a esse tema.
O chefe da Igreja católica apelou à generosidade dos europeus e dos polacos em relação aos migrantes que fogem da guerra ou da fome.
O papa Francisco pediu que se ultrapassassem os medos e isto quando a Polónia tem sido extremamente reservada em relação ao caso.
O governo conservador de Beata Szydlo recusa acolher os migrantes em nome da segurança.
A chegada do papa ocorre 24 horas após o assassínio inédito numa igreja da Normandia, em França, de um padre católico em plena missa num atentado reivindicado pelo autodenominado Estado Islâmico.
Uma sombra que tem pairado sobre o arranque destas Jornadas mundiais da juventude, acontecimento tradicionalmente festivo pontuado no arranque pela chuva.
Tarcila Gomes é uma estudante guineense na Rússia que integrou uma caravana desse país rumo à Polónia, com nomeadamente outros 4 compatriotas seus.
Tarcila Gomes, jovem guineense em Cracóvia
Ela testemunha a emoção em Cracóvia das centenas de milhar de jovens que ali acorreram.
Tarcila Gomes alega que, não obstante o assassínio do padre Jacques Hamel em França, as Jornadas mundiais da juventude prosseguiram num ambiente festivo e recorda que os católicos não se podem levar por qualquer desejo de vingança.
Tarcila Gomes e o impacto do assassínio do padre francês nas Jornadas mundiais da juventude
Aura Miguel acompanhou o papa na sua deslocação até à Polónia.
Esta jornalista portuguesa especialista do Vaticano deu-nos conta do que estava em causa nesta viagem.
A primeira parte da deslocação inclui encontros com as autoridades numa Europa em convulsão e a braços com o aumento dos nacionalismos em pleno afluxo de refugiados, para além do santuário da Virgem Negra de Czestochowa, ponto basilar do culto a Maria por parte dos polacos que celebram mais de mil anos de cristianismo.
Aura Miguel, jornalista portuguesa especializada em questões do Vaticano
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