Espanha: Rajoy chumbado, povo regressa às urnas
O povo espanhol vai regressar mais uma vez às urnas fins de dezembro começos de janeiro, já que o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, não obteve luz verde esta sexta-feira, para formar um governo com maioria absoluta.
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Mariano Rajoy, chefe do governo espanhol cessante, não conseguiu obter, esta sexta-feira, 2 de setembro, a confiança no Parlamento espanhol, "Las Cortes", devido ao voto contra dos socialistas e outros pequenos partidos como Podemos.
Avança-se assim, mais uma vez , para eleições legislativas, as terceiras este ano, desde dezembro do ano passado e junho do corrente ano, com o povo espanhol, indeciso, pois, coloca o Partido Popular de Rajoy, em primeira posição, mas com uma minoria, que se vê chumbada no parlamento, pela esquerda socialista e radical do Podemos.
Há, portanto, 8 meses, que Mariano Rajoy, vem dirigindo o país, à frente de um governo de gestão de assuntos correntes, sem poder, governar e implementar "de facto" as reformas necessárias ao desbloqueio político, económico e social da Espanha.
Rajoy, viu assim, confirmada, esta sexta-feira, a oposição dos socialistas e seus aliados, feita já na quarta-feira, no Parlamento, quando lhe faltou 6 votos, para obter a confiança parlamentar, com os aliados centro-liberais, Ciudadanos.
O primeiro-ministro interino, Rajoy, dirigiu-se, de novo, esta sexta-feira, 2 de setembro, ao Parlamento, com a esperança, de conseguir esses 6 votos, ou 11 abstenções, que dariam luz verde ao seu governo, mas os mesmos 180 eleitos que votaram contra na quarta-feira, confirmaram a sua oposição ao partido popular.
Aliás, o líder do Partido socialista espanhol, Pedro Sanchez, tinha advertido os seus camaradas de partido, que ir para o caminho da abstenção seria uma traição ao eleitorado, apelando, portanto, a não viabilizar o governo do Partido Popular, de Mariano Rajoy.
Rajoy, tem teoricamente, até 31 de outubro, a possibilidade de tentar formar esse tão desejado governo de coligação, mas segundo os analistas, é mais provável, que o povo regresse às urnas fins de dezembro.
A Espanha continua assim vivendo a sua pior crise dos últimos 40 anos com cada partido a defender os seus interesses em vez dos interesses do povo, um povo espanhol, que também, não tem feito uma escolha clara e evidente.
Oiça aqui a análise do santomense Osvaldo Vera Cruz, informático, residente, em Barcelona.
Osvaldo Vera Cruz, informático santomense em Barcelona sobre crise política espanhola
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