Venezuela: oposição apela à greve
A oposição venezuelana lançou um apelo de greve esta sexta-feira, até aqui com pouco aderência, para pressionar a saída do Presidente socialista Nicolas Maduro. Maduro que pediu ao exército para ocupar as empresas que adiram ao movimento social.
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O apelo de greve começou às 6 horas e deve terminar às 18 hora local, mas segunda relata a agência AFP a greve não está a ter grande aderência. Em Caracas, Maracaibo, San Cristobal registaram menos movimento do que é habitual, todavia os transportes, algum comércio, bancos e escolas estão a funcionar esta sexta-feira.
Em causa poderá estar a medida aprovada ontem por Nicolas Madura de aumentar em 40% o salário mínimo, cerca de 140 dólares, num país que vive mergulhado numa profunda crise económica.
A oposição de centro direita, reunida numa coligação conhecida por Mesa para a Unidade Democrática, tinha apelado aos trabalhadores que abandonassem as ruas e os postos de trabalho para pressionar o governo a respeitar a constituição. Maduro que pediu ao exército para ocupar as empresas que adiram ao movimento social
A oposição quer dar continuidade ao referendo revocatório que visa a destituição do presidente Nicolas Maduro. Um processo suspenso pelo regime que alega irregularidades na recolha de assinaturas para o efeito.
O governo de esquerda de Caracas, apoiado por Cuba, tem-se tornado também muito impopular na própria região com críticas à sua postura tida como anti-democrática e esteve na origem da crise da liderança do Mercosul, organização de integração regional, numa altura em que esta deveria ficar sob presidência venezuelana.
A Venezuela vive uma das piores crises económicas da sua história, asfixiada pela queda do preço do crude. Segundo o FMI a inflação do país deve atingir os 475% este ano.
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