Congresso ratifica acordo de paz do governo colombiano e das FARC
Ratificado esta quinta-feira no congresso colombiano o acordo de paz entre o governo e a guerrilha das Farc, que tinha sido assinado recentemente, em Havana, Cuba, pondo fim a longos anos duma guerra violenta .
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Os parlamentares de Colômbia ratificaram, esta quarta-feira, 30 de novembro, o acordo de paz com a guerrilha das FARC, recentemente assinado entre ambas as partes, em Havana, Cuba.
" A proposta de ratificação do acordo de paz foi aprovada", declarou a Câmara dos deputados, sublinhando que tinha havido 130 votos a favor e zero contra.
Só que a Câmara tem um total de 166 deputados, logo os 130 presentes votaram por unanimidade, mas na ausência de 36 deputados, do Centro democrático, principal partido da oposição, que são muito críticos em relação a muitos pontos do acordo de paz.
Não querendo colocar o presidente Juan Manuel Santos e o seu partido, numa situação melindrosa, os 36 deputados preferiram não participar na votação do acordo de paz..
O presidente colombiano, Juanda Manuel Santos, que recebeu a semana passada o prémio Nobel da paz, pela sua determinação em pôr um fim à guerra na Colômbia, saudou a ratificação do acordo, exprimindo a sua gratidão "ao Congresso (que reúne o Senado e a Câmara dos representantes) pelo histórico apoio à esperança de paz dos colombianos
Recorda-se que um primeiro acordo de paz de 26 de setembro, tinha sido rejeitado a 2 de outubro, num referendo marcado por uma abstenção de 62%, com o Não a ganhar por cerca de 50 mil votos.
O acordo revisto acabou por ser assinado a 24 de novembro, em Havana, pelo Presidente Santos e o chefe da guerrilha marxista das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido mais por "Timochenko", acordo que foi aprovado pela unanimidade dos 75 senadores do Senado.
Para Miguel Barreto Henrique, Presidente do Observatório da construção da paz, ligado à Universidade de Bogotá Jorge Tadeo Lozano, a ratificação do acordo é o corolário de todo um processo de negociações entre as duas partes, que passou nomeadamente por um referendo rejeitado pelo povo.
Miguel Barreto Henriques, director do Observatório da construção da paz na Colômbia
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