Explosão em catedral copta no Cairo
Um atentado à bomba matou pelo menos 25 pessoas este domingo na cidade do Cairo. O ataque teve lugar dentro de uma igreja copta. Este é o pior ataque dos últimos anos contra esta minoria religiosa.
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A explosão aconteceu esta manhã, pelas 10h00 locais (8h00TMG) no interior da igreja de São Pedro e São Paulo, contigua à Catedral de São Marcos, sede da Igreja Ortodoxa Copta. A maior parte das vítimas mortais era do sexo feminino. Mais de 30 pessoas ficaram igualmente feridas.
O local do atentado tem grande simbolismo porque se situa na área onde o papa da igreja copta reside.
Depois de seis meses de alguma serenidade, este é o terceiro atentado nos últimos três dias na capital do Egipto. A segurança em igrejas no país foi reforçada em 2011, depois de um ataque bombista ter matado 100 cristãos em Alexandria, mas tem entretanto vindo a ser negligenciada nos últimos anos.
Todas as igrejas são vigiadas pela polícia, mas o controle de quem entra em templos coptas é ineficaz. A identificação de quem acede a locais de culto cristãos não é muitas vezes verificada.
O ataque de hoje não foi ainda reivindicado, mas foi já celebrado em redes sociais ligadas ao estado islâmico.
Para além de estar a atravessar um período de instabilidade e de crise económica desde a revolução de 2011, o Egipto esta a combater uma guerrilha do estado Islâmico na península do Sinai desde há três anos.
Pedro Costa Gomes, correspondente no Cairo
Já na sexta-feira passada, seis polícias foram mortos num atentado à bomba na capital do Egipto, num ataque reivindicado por um grupo suspeito pelas autoridades de ter ligações à Irmandade Muçulmana.
Os cristãos coptas constituem cerca de 10% da população egípcia e têm enfrentado perseguições e discriminação, sobretudo nas três décadas de poder de Hosni Mubarak, derrubado em 2011.
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