Condições de vida indignas na prisão de Fresnes
Um recente relatório sobre as condições de vida na prisão de Fresnes, a Sudeste da região parisiense, revela as condições desumanas em que ali vive a população carceral, e as enormes dificuldades dos guardas prisionais. O relatório é fruto dum estudo de 15 dias, no passado mês de Outubro, e está a embaraçar o Governo.
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Um estabelecimento prisional a abarrotar; falta de condições de higiene; pulgas e piolhos nas camas; ratos por toda a parte; tráfico de droga e de telefones portáteis! E os guardas prisionais a trabalhar em condições extremamente difíceis, ou com comportamentos violentos em relação aos reclusos.
É esta a terrível constatação feita na prisão de Fresnes pelo C. G. L. P. L. (Controlador Geral dos Locais de Privação de Liberdade), depois duma visita que durou 15 dias.
Na prisão de Fresnes, a taxa de ocupação é de 200 % - mais de 3.000 reclusos – em certas células de 10 metros quadrados, vivem 3 ou 4 reclusos. As condições sanitárias são indignas, muito aquém do que é exigido pelo Comité Europeu para Prevenção da Tortura !
No que toca aos guardas prisionais, o seu número é insuficiente, a maior parte deles são estagiários, e por vezes um só homem tem de vigiar 120 reclusos, revela ainda o relatório.
Os sindicatos afirmam que os direitos fundamentais não são observados, e que a situação naquela prisão pode descambar a qualquer momento.
Segundo um dos controladores que efectuou o estudo, Fresnes não é um caso isolado no mundo prisional francês, mas aquela prisão acumula todos os problemas ao mesmo tempo.
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