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Síria

ONU vai enviar observadores para Alepo

O Conselho de Segurança da ONU adoptou hoje, por unanimidade, o envio de observadores das Nações Unidas para supervisionar a evacuação da cidade de Alepo. O embaixador da Rússia na Turquia, Andrei Karlov, morreu hoje na sequência de um ataque em Ankara.

Conselho de Segurança da ONU, 19 de Dezembro de 2016.
Conselho de Segurança da ONU, 19 de Dezembro de 2016. REUTERS/Andrew Kelly
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É um sinal raro de unidade dado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os quinze membros do Conselho de Segurança da ONU aprovaram, hoje, o envio de observadores já presentes na Síria para supervisionar a evacuação da cidade de Alepo. Até agora, Moscovo sempre vetou as resoluções sobre a Síria, dado o apoio militar que dá ao presidente Bashar Al-Assad. Resta saber se o regime de Assad vai permitir a entrada dos observadores na cidade.

O certo é que quando terminar a evacuação de Alepo, Bashar al-Assad vai poder proclamar a retoma da segunda maior cidade do país e conquistar a mais importante vitória na guerra que causou mais de 310 mil mortos desde 2011.

A resolução da ONU foi apresentada pela França e o presidente francês François Hollande declarou esperar que a adopção desta resolução permita “o pleno respeito do direito internacional humanitário na Síria” e “abra o caminho ao cessar-fogo e à negociação de uma solução política”.

Hoje, cerca de sete mil pessoas puderam deixar o sector rebelde de Alepo a bordo de 75 autocarros, tendo sido transportadas para a localidade de Khan al-Assal, também sob controlo dos rebeldes, de acordo com o Comité Internacional da Cruz Vermelha.

A evacuação tinha começado na quinta-feira - na sequência de um acordo entre a Rússia, apoiante do regime, e a Turquia, apoiante da oposição "rebelde"- mas foi suspensa no fim-de-semana com troca de acusações sobre violação do acordo.

No total, pelo menos 14.000 pessoas, incluindo 4.000 rebeldes, deixaram Alepo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. A cidade estava sitiada há mais de quatro meses e submetida a intensos bombardeamentos há um mês.

Esta tarde, o embaixador da Rússia na Turquia, Andrei Karlov, morreu na sequência de um ataque em Ankara. O representante diplomático estava a visitar uma exposição de fotografia, quando um homem abriu fogo contra ele. O ataque acontece na véspera de uma reunião, em Moscovo, entre os chefes da diplomacia da Rússia, Irão e Turquia para discutir um cessar-fogo em Alepo.
 

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