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UNIÃO EUROPEIA

UE ajuda Líbia para parar fluxo de migrantes

 Os chefes de Estado da União Europeia reuniram-se hoje em La Valeta, capital de Malta, para discutir acerca da crise migratória que assola o continente. Estabeleceram nomeadamente um acordo com a Líbia que visa fazer com que os migrantes não cheguem a águas internacionais.

Estabeleceram nomeadamente um acordo com a Líbia que visa fazer com que os migrantes não cheguem a águas internacionais.
Estabeleceram nomeadamente um acordo com a Líbia que visa fazer com que os migrantes não cheguem a águas internacionais. © Anthony Jean/SOS Méditerranée
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A União Europeia prevê ajudar a Líbia, nomeadamente ao reforçar a guarda costeira de maneira a fazer com que a vigilância dos mares se torne mais consequente. Vai fazê-lo de diversas formas: ao reforçar o treino dos guardas costeiros, ao ajudar as autoridades líbias no combate aos traficantes de seres humanos e ao procurar assegurar a estabilidade política no país que enfrenta uma crise desde a queda de Muammar Gaddafi em 2011.

O acordo assemelha-se ao que já tinha sido assinado em Março de 2016 com a Turquia e que tinha travado, muito drasticamente, o fluxo de migrantes no mar Egeu. O dito acordo previa que as autoridades turcas acolhessem os migrantes mediante um pacote de ajuda financeira fornecido pela União Europeia.

Além da ajuda às autoridades líbias, a União Europeia prevê também dar uma mão à Organização Internacional para os Migrantes (OIM) mas também ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, para criar infrastruturas de boa qualidade para os migrantes.

ONG denunciam novas medidas

Algumas ONG e associações humanitárias já vieram a público denunciar as medidas da União Europeia. Justin Forsyth, director adjunto da UNICEF, disse nomeadamente que "as decisões tomadas esta sexta-feira representam, literalmente, uma questão de vida ou de morte para os milhares de crianças que se encontram bloqueadas ou em trânsito na Líbia".

Já o director geral dos Médicos Sem Fronteiras, Arjan Hehenkamp, considera que o acordo com a Líbia é uma maneira de "voltar a enviar os migrantes para uma situação infernal" e que a única solução que se pode encontrar é uma solução que "crie vias seguras e legais para que as pessoas possam fugir de situações de conflito e de crise, para poderem ir para a Europa ou outro sítio, onde encontrem segurança". 

José António Carreira, presidente da Agência Europeia de Apoio ao Asilo, considera que é uma medida que se inscreve na continuidade da política da União Europeia relativamente aos migrantes e que procura salvar vidas.

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José António Carreira, presidente da Agência Europeia de Apoio ao Asilo

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