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União Europeia / Marrocos

500 migrantes forçam a fronteira entre Espanha e Marrocos

Cerca de 500 migrantes forçaram a fronteira entre Marrocos e o enclave espanhol de Ceuta. Eles encontram-se agora em centros de retenção de migrantes, os seus respectivos casos devendo ser avaliados.

Migrantes transpuseram esta madrugada a fronteira de Ceuta.
Migrantes transpuseram esta madrugada a fronteira de Ceuta. REUTERS/Jesus Moron
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De acordo com fontes locais, poderão ter sido 700 migrantes a tentar hoje transpor o alto muro e gradeamento de 6 metros de altura que cercam o enclave, mas apenas 498 conseguiram chegar ao seu destino. Pelo caminho ficaram mais de 200 dos quais 100 foram detidos pelas autoridades marroquinas. As forças da ordem locais dão conta de 10 feridos entre os seus agentes e vinte do lado dos migrantes. Entretanto, para aqueles conseguiram chegar do lado europeu, 2 estão hospitalizados, 11 guardas-civis espanhóis tendo sofrido igualmente ferimentos.

Apesar dos riscos, das câmaras de filmar e do dispositivo de segurança que tem vindo a ser aperfeiçoado desde meados da década de 2000 em torno desta fronteira Europeia no norte de África, têm sido numerosos os migrantes a tentar a sorte para entrar no enclave. Ainda no dia 1 de Janeiro, cerca de 1000 migrantes tinham tentado entrar e no mês anterior, a mesma fronteira de Ceuta tinha sido tomada de assalto por centenas de migrantes. Uma vez chegados em território europeu, os migrantes têm o direito de pedir asilo e se este pedido for aceite, então podem instalar-se legalmente na União Europeia.

A entrada massiva hoje de migrantes em Ceuta acontece num momento em que Marrocos tem ameaçado a Europa de ser mais flexível na gestão dos fluxos migratórios em direcção à Europa. Rabat e Bruxelas têm interpretado de forma divergente um tratado de comércio livre de produtos agrícolas e piscatórios. De acordo com uma decisão no final do ano passado do Tribunal de Justiça da União Europeia, este tratado não abrange os produtos oriundos do Saara Ocidental, os europeus considerando que o estatuto desse território reclamado por Marrocos ainda está por definir. Reacção de Rabat desde então e ainda no passado 6 de Fevereiro: a Europa está "exposta a um verdadeiro risco de retomada dos fluxos migratórios que Marrocos, com grande esforço, tem conseguido gerir e conter", declarou o Ministro marroquino da Agricultura.

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