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Irlanda do Norte

Irlanda do Norte coligação governamental ameaçada

O Sinn Féin não ganhou as eleições regionais antecipadas de quinta-feira na Irlanda do Norte e até perdeu um deputado na assembleia regional, mas para os seus dirigentes, o resultado é uma vitória histórica

Belfast: cartazes da campanha eleitoral para as eleições regionais antecipadas
Belfast: cartazes da campanha eleitoral para as eleições regionais antecipadas © Julien Lagache
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Foi o partido dos nacionalistas católicos Sinn Féin que forçou as eleições antecipadas da passada quinta-feira (2/03) devido às discórdias com o parceiro no Governo, o Partido Democrático Unionista DUP (na sigla inglesa).

A estratégia funcionou: o rival histórico protestante perdeu a maioria absoluta e o poder de veto mesmo se ficou com mais um assento na Assembleia.

Agora as duas mulheres que lideram os dois partidos têm de entender-se, pois o  acordo de paz que pôs fim ao conflito entre republicanos e protestantes determina que os dois partidos tenham de partilhar o poder.

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Bruno Manteigas, correspondente no Reino Unido

Mas desta vez o Sinn Féin de Michelle O'Neill terá mais argumentos nas negociações para o programa de governo e colocar na agenda temas como o casamento homossexual, o ensino do gaélico irlandês e uma relação mais próxima com a República da Irlanda, algo bloqueado até agora pelos protestantes maioritários no DUP liderado pela primeira ministra cessante Arlene Foster.

A lei dá três semanas para os dois partidos chegarem a um acordo. Se não houver entendimento até 27 de Março, a Irlanda do Norte poderá perder a autonomia e passar a ser governada a partir de Londres.

Uma solução que pode ser problemática e arriscada num país onde a paz ainda é frágil e a violência um passado demasiado recente.

Recorde-se que no referendo de Junho de 2016 sobre a saída do Reino unido da União Europeia a Escócia e a Irlanda do Norte votaram maioritariamente contra o Brexit.
 

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