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G20 reúnem-se com protecionismo no pano de fundo

Os ministros das finanças e os directores dos bancos centrais dos 20 países com as maiores economias do mundo reúnem-se hoje na estação termal de Baden-Baden, na Alemanha. A grande incógnita é se os países vão opôr-se claramente às políticas protecionistas de Donald Trump. Num telefonema sexta-feira, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente chinês Xi Jinping reafirmaram a sua vontade de "promover a livre circulação".

Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças, afirmou que "acredita que encontraremos um acordo".
Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças, afirmou que "acredita que encontraremos um acordo". REUTERS/Fabrizio Bensch
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O objectivo da reunião é o de chegar a um texto final que visa definir as grandes linhas a seguir pelas economias mais ricas do mundo, nomeadamente no que toca à regulação financeira dos mercados ou à luta contra a evasão fiscal. 

É também a primeira vez que o Secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin, se reúne com os seus hómologos. Ainda que o novo secretário tenha uma margem de manobra bastante reduzida, já afirmou que o objectivo dos Estados Unidos não é o "de entrar em guerras comerciais".

A grande incógnita desta reunião é a tomada de posse que os diferentes países terão face às políticas protecionistas que Donald Trump prevê para a economia americana. Hoje, Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças, afirmou que "acredita que encontraremos um acordo". 

Já o comissário europeu, Pierre Moscovici, afirmou que "devemos entrar em acordo no facto de que o comércio, realizado de forma igualitária, é positivo para a economia e que o protecionismo não pode ser a solução". No entanto, uma fonte próxima da reunião afirmou que os americanos "não querem um texto que rejeite o protecionismo". 

Além do protecionismo, outro dos temas que vai estar em cima da mesa é o financiamento do combate contra o aquecimento global. Também aí há grandes desacordos entre os países já que a administração americana considera que as alterações climáticas são uma invenção. 

É de realçar que esta reunião ocorre numa altura em que o governo americano quer estabelecer uma taxa a todas as  importações. A ministra alemã da economia, Brigitte Zypries, ameaçou que, caso tal acontecesse, faria queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC). 

Manuel dos Santos, eurodeputado do Partido Socialista português, considera que é uma reunião muito incerta mas simbólica porque vai definir a nova ordem económica internacional. Confira a totalidade da entrevista a Manuel dos Santos na nossa rúbrica "Economias" de hoje. 

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Manuel dos Santos, eurodeputado do Partido Socialista português

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