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Estados Unidos

Trump joga tudo por tudo na sua reforma da saúde

A Casa Branca não conseguiu reunir uma maioria suficiente de deputados republicanos para votar, conforme estava previsto ontem na Câmara dos Representantes, a favor do plano de saúde de Trump anulando o dispositivo do Obamacare. Uma situação que levou Trump a dar um ultimato ao seu próprio campo: devem votar hoje sem falta sobre este texto.

Trump diz que se a sua reforma não for adoptada, mantem o Obamacare.
Trump diz que se a sua reforma não for adoptada, mantem o Obamacare. REUTERS/Carlos Barria
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Com certeza Donald Trump tinha antecipado que poderia haver resistências por parte dos democratas, partido do seu antecessor Barack Obama, em votar a favor de um texto desfazendo o Obamacare e privando 14 milhões de pessoas de seguro de saúde. O que provavelmente esperava menos é que no seu próprio campo, os republicanos, houvesse também reticências.

Entre os republicanos que são maioritários, com 237 eleitos contra 193 para os democratas, os moderados não estão convencidos que o plano alternativo de saúde de Trump seja melhor e mais barato do que o Obamacare. Do outro lado, o grupo mais à direita do "Freedom Caucus" considera que o plano Trump, que reduz o financiamento do programa para os mais pobres, ainda não é suficientemente diferente do Obamacare.

Este último grupo que foi recebido ontem por Donald Trump, não conseguiu obter suficientes apoios para avançar no voto reclamado pelo Presidente americano. "Tudo isto é politica" fulminou Donald Trump que entretanto colocou o ponto final nas negociações e decidiu jogar tudo por tudo, ao exigir um voto hoje no parlamento sobre este texto.

"Ou vai ou racha" é em suma a estratégia de Donald Trump para fazer passar esta reforma que é uma das suas principais promessas de campanha. Apesar de uma discussão ter ficado de facto agendada hoje na Câmara dos Representantes, nada garante que o ultimato presidencial possa surtir efeito e na eventualidade de ser bem-sucedido, ainda falta o texto passar pelo Senado onde os republicanos têm uma maioria ainda mais frágil com 52 eleitos sobre 100. Por outro lado, em termos de opinião, uma sondagem divulgada ontem refere que 56% dos inquiridos se opõem ao plano republicano.

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