Golpe de Estado institucional na Venezuela ?
Vários países contestam a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela em atribuir-se as competências da Assembleia Nacional. O Peru retirou o embaixador do país. Na Europa, o líder espanhol Mariano Rajoy também reagiu.
Publicado a: Modificado a:
O México, a Colômbia, o Chile, o Brasil, o Peru, a Argentina e os EUA já manifestaram preocupação pela violação da ordem constitucional na Venezuela.
A comunidade internacional fala de um auto-golpe de Estado conduzido pelo Supremo Tribunal de Justiça que tirou os poderes ao parlamento. Nas ruas há protestos e confrontos.
Desde ontem decorrem consultas entre os membros da Organização de Estados Americanos (OEA) para realizar um Conselho Permanente, de urgência, para activar a Carta Inter-americana de Direitos Humanos para a Venezuela.
O governo do Presidente da Bolívia, Evo Morales, expressou na quinta-feira a sua "solidariedade a incondicional apoio" à Venezuela, por entender que enfrenta um novo ataque político que visa desestabilizar o Executivo liderado por Nicolás Maduro.
Na sequência da controversa decisão do STJ, o Governo do Peru ordenou a retirada "de maneira definitiva" do seu embaixador em Caracas.
A União Europeia também reagiu e disse que esta decisão "está a colocar em causa" os poderes constitucionais da Assembleia Nacional eleita democraticamente pelo povo venezuelano. Noberto Nunes, jornalista em Caracas denuncia "um clima de medo e afirma que se vive actualmente um estado ditadura no país".
Norberto Nunes, jornalista na Venezuela
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro