A ONG de defesa dos Direitos Humanos Amnistia Internacional publicou o seu relatório anual sobre a pena de morte, um documento no qual constata que no ano de 2016 foram oficialmente executadas 1032 pessoas, o que representa uma diminuição global de 37% comparando com os dados de 2015, isto contudo sem contar com a China, país que não forneceu dados para este relatório mas que segundo estimativas da Amnistia Internacional poderia ter executado umas 2000 pessoas.
Ainda de acordo com esta organização, 90% das execuções a nível mundial concentram-se em cinco países. Para além da China, trata-se do Irão, do Paquistão, da Arábia Saudita e do Iraque, o que para a Amnistia internacional facilita a identificação dos alvos de uma acção para a abolição da pena de morte.
Relativamente à África subsariana, a Amnistia Internacional dá conta de dados paradoxais: enquanto há uma crescente tendência para abolir ou recorrer o menos possível a esta prática numa larga maioria de países, certos outros como a Nigéria conhecem aumentos substanciais das condenações à pena de morte.
Em entrevista com a RFI, Pedro Neto, director executivo da secção portuguesa da Amnistia Internacional analisou estes novos dados, designadamente a tendência para a diminuição global da aplicação da pena capital.
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