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Rússia / Estados Unidos / Síria

A Rússia veta de novo uma resolução da ONU

As principais divergências entre americanos e russos quanto à Síria ficaram ainda mais patentes, durante uma sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta quarta - feira, marcada por uma grande tensão, e pelo veto russo.

A Rússia, através do seu Embaixador na ONU, Vladimir Safronkov, usou o veto pela oitava vez contra uma resolução da ONU sobre a Síria - 12 de Abril de 2017
A Rússia, através do seu Embaixador na ONU, Vladimir Safronkov, usou o veto pela oitava vez contra uma resolução da ONU sobre a Síria - 12 de Abril de 2017 DR
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 O Conselho de Segurança esteve reunido para discutir um projeto de resolução acerca da Síria, a pedido do Reino Unido, Estados Unidos e França, mas a Rússia impôs seu direito de veto, estimando que aquele  projeto de resolução era "inaceitável".

O texto que foi discutido condena o ataque com armas químicas a Khan Sheikhun, e demonstra a vontade do Conselho de Segurança para que seja realizada uma investigação por parte da Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq).
 

A resolução solicitava que a Síria indicasse os planos de voo dos seus aviões, o registo de cada voo, e as informações sobre as operações militares no dia do ataque a Khan Sheikhun, assim como os nomes dos pilotos de cada voo. Era igualmente pedido que fossem fornecidos esses dados a investigadores da ONU.

O veto russo a esta resolução provocou reações imediatas de alguns lidres internacionais:
 

Em Paris, o presidente François Hollande disse que a Rússia assumiu "uma grande responsabilidade" por bloquear a resolução. "É a oitava vez que a Rússia opta por se opôr à maioria do Conselho", lamentou  o Presidente francês, sublinhando que que o seu País "não poupou esforços, incluindo em relação à Rússia, para conseguir um consenso sobre este texto".

Em Londres, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, disse que o veto ao projeto de resolução "deixou a Rússia do lado errado da discussão".

Por seu turno, em Washington, o presidente Donald Trump afirmou que chegou a hora de pôr um ponto final na "brutal guerra civil" na Síria.

Trump recebia ontem na Casa Branca o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), o norueguês Jens Stoltenberg, com quem discutiu acerca do drama sírio e do papel dessa força militar.
 

"O massacre de inocentes e o uso de armas químicas [...] devem ser repelidos enérgicamente por qualquer nação que valorize a vida. Chegou a hora de pôr fim a essa brutal guerra civil, derrotar os terroristas e permitir que os refugiados voltem para as suas casas", disse Trump.

Mas a Rússia afirma que continuará os seus esforços diplomáticos. No fim desta semana, o Ministro russo dos Negócios Estrangeiros,  Serguei Lavrov, receberá em Moscovo os seus homólogos da Síria, Walid Muallem, e do Irão, Mohamad Javad Zarif.

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