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Política/Venezuela

Venezuela abandona OEA

Os protestos de rua contra o executivo presidido por Nicolás Maduro prosseguem na Venezuela, com a oposição a pressionar o governo para que sejam realizadas eleições antecipadas. Maioritária no parlamento, a oposição acusa o governo de levar a cabo um golpe de estado permanente. O executivo denuncia a ingerência externa nos assuntos venezuelanos, que serve de catalisador as manifestações da oposição. As críticas da Organização dos Estados Americanos, ao governo de Nicolás Maduro, motivaram as autoridades de Caracas a encetar na quinta-feira o processo de retirada do citado bloco, do qual é membro nomeadamente os Estados Unidos.

Presidente da Venezuela no palácio presidencial Miraflores em Caracas.18 de Abril de 2017
Presidente da Venezuela no palácio presidencial Miraflores em Caracas.18 de Abril de 2017 Fuente: Reuters.
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 Com em pano de fundo as manifestações em várias regiões do país, para exigir a organização de eleições antecipadas o governo da Venezuela decidiu iniciar o processo , que vai cortar os laços entre o Estado da América do Sul e a Organização dos Estados Americanos (OEA). O executivo chefiado pelo Presidente Nicolás Maduro, que tem sido alvo de severas críticas por parte da OEA, acusa o referido bloco de ser uma organização intervencionista. A OEA é a organização que mais tem criticado a postura das autoridades de Caracas, face a crise política e económica que afecta a Venezuela. Dezanove dos 35 membros da OEA reuniram na quarta-feira,os seus ministros dos negócios estrangeiros para avaliar a crise na Venezuela, que já provocou a morte de 28 pessoas .

  Um dos fundadores da Organização dos Estados Americanos, a Venezuela torna-se o primeiro país a abandonar o bloco , criado em 1948 . Cuba foi excluída em 1962 . A carta formal de retirada da Venezuela vai ser endereçada à Luis Almagro, secretário-geral da OEA e bastante crítico em relação ao Presidente Maduro, que ele acusa de querer implantar uma ditadura no país sul-americano.

 A grave crise económica que afecta a Venezuela,deve-se nomeadamente à queda dos preços do petróleo, seu principal produto de exportação. O Presidente Nicolás Maduro sublinha que a actual penúria alimentar e a onda de protestos fazem parte de uma conspiração urdida pelos Estados Unidos,para derrubar o seu governo de esquerda.

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