Trump e genro Jared atacados no caso da Rússia
Donald Trump, de novo sob ataques da imprensa e televisão americanas, agora, através do seu genro, Jared Kushner, casado com a sua filha Ivanka, acusado de ter tido conversas telefónicas durante a campanha eleitoral, com o embaixador da Rússia, nos Estados Unidos.
Publicado a: Modificado a:
Mal regressaram ao país, depois da cimeira do G7, o Presidente americano, Donald Trump e o seu genro, Jared Kushner, são apanhados nas malhas da investigação do FBI sobre suspeitas de interferência da Rússia nas últimas eleições que deram vitória ao novo chefe da Casa Branca.
A imprensa americana cita 7 responsáveis americanos, no anonimato, afirmando que Jared Kushner, genro e conselheiro do Presidente americano, teve contactos secretos pelos menos 3 vezes com a embaixador da Rússia, em Washington, durante e depois da campanha eleitoral de novembro de 2016, nos Estados Unifdos.
Duas dessas fontes afirmam ao Washington Post e o canal de televisão NBC, que Jared Kushner, conversou ao telefone, pelo menos, duas vezes, em novembro, com o Embaixador russo, Sergueï Kislyak.
Washington Post e NBC, sublinham que o FBI interessa-se de perto por Jared Kushner, no caso da investigação sobre suspeitas de interferência russa nas eleições americanas.
Mas o advogado de Kushner, já declarou, que entre os milhares de chamadas telefónicas que o genro de Trump, fez durante a campanha, não se recorda, que tenha falado com o Embaixador russo.
Por seu lado, o Presidente americano, Donald Trump, recorreu à sua arma preferida de guerra de informação, o Twitter, para contra-atacar denunciando "mentiras" dos mídias americanos, que depois são repetidos por meios de informação a nível mundial.
"Sou de opinião que muitas destas fugas de informação não passam de notícias falsas, "fake news" fabricadas pelos mídias", tuítou esta manhã, Donald Trump, acrescentando:
"É muito possível que as fontes anónimas não existam sequer, mas sejam inventadas por jornalistas de fake news."
As acusações contra Jared Kushner, casado, com Ivanka Trump, filha do presidente americano, juntam-se a uma série de alegações do folhetim sem que até hoje tenha sido apresentado provas validando as notícias de que a Rússia, interferiu a favor de Trump nas eleições de novembro.
Aliás, de recordar, que durante a campanha, quando se falou neste caso, o próprio Presidente de então, Barack Obama, declarou, que era impossível que a Rússia ou qualquer outro país no mundo, pudessem interferir nas eleições americanas.
Mais tarde, declarou, assim, como os democratas e sua candidata, Hillary Clinton, precisamente o contrário.
Do seu lado, a Rússia já desmentiu várias vezes , que alguma vez tivesse intervido nas eleições americanas, quer do lado republicano e seu candidato, hoje Presidente eleito, Donald Trump, quer do lado democrata, pois, disse-se também que os russos tinham intervido na convenção nacional democrata.
O que a imprensa, certos republicanos e democratas, não têm dito, é que na altura estava no poder o ex-presidente Obama, responsável político pela segurança do país que tinha que garantir de putativos ataques informáticos do estrangeiro.
João Matos sobre suspeitas da Rússia intervir nas eleições americanas
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro