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Estados Unidos

Presidente Trump contra ataca e diz que Comey mentiu

O presidente americano, Donald Trump, rompeu ontem o seu silêncio que se impos durante a audição do ex-director do FBI no Senado, para desmentir James Comey e declarar que está mesmo disposto a prestar declarações sob juramento. Paralelamente era defendido por personalidades como Kissinger que o criticou no passado.

O braço de ferro entre o presidente americano, Donald Trump e o ex-director do FBI, James Comey
O braço de ferro entre o presidente americano, Donald Trump e o ex-director do FBI, James Comey ©REUTERS/Jonathan Ernst
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O presidente dos Estados Unidos, desmentiu ontem, (9) as afirmações de James Comey, ex-patrão do FBI, que era ouvido na quinta-feira, sob juramento, pelo Senado americano, a propósito do inquérito em torno da intervenção da Rússia nas eleições americanas para favorecer Donald Trump.

Donald Trump, vai mais longe e diz que quem mentiu perante a comissão de informações do Senado, foi o ex-patrão do FBI, James Comey, que declarou que o presidente americano lhe tinha sugerido para abandonar parte do inquérito respeitante à pessoa de Michael Flynn, ex-conselheiro nacional de segurança.

O Presidente dos Estados Unidos, que se tinha mantido em silêncio, enquanto James Comey prestava o seu depoimento no Senado, declarou ontem à imprensa que está mesmo disposto a prestar implicitamente declarações perante os parlamentares, sob juramento.

Mais explícito, Trump, disse também que pode testemunhar perante o procurador especial, Robert Mueller nomeado em maio para prosseguir com o inquérito do FBI sobre ingerência ou não da Rússia na campanha americana.

Mas de qualquer maneira, Donald Trump, declarou estar satisfeito, porque ficou claro e evidente, que James Comey, na sua audição no Senado, sublinhou que nunca houve obstrução de justiça no inquérito sobre a Rússia, por parte "nem do presidente dos Estados Unidos nem do ministro americano da Justiça".

Mias: Donald Trump, desmentiu Comey na conferência de imprensa, mas retomou a sua arma preferida do Twitter tuítando que, afinal, o ex-patrão Comey, não passa de um "leaker", um informador, que orquestrou a fuga de informação ao New York Times, sobre as conversações que os dois tiveram.

Com efeito, James Comey, declarou na audição no Senado, que ele tinha entregue o memorando, a um amigo, um professor da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia, com a missão de o transmitir a um repórter do New York Times.

Ele sublinhou que com essa atitude, queria pressionar para que fosse nomeado um procurador especial para o caso do inquérito sobre a Rússia e o que tinha interpretado como sugestão de Trump, para que ele pusesse fim à mesma investigação de colusão da Rússia com as eleições americanas.

Por outro lado, os responsaváveis do inquérito da comissão de informações da Câmara dos Representantes pediram a James Comey, todos os memorandos ou gravações que terá feito durante as suas conversações com Donald Trump ou qualquer outro funcionário da Casa Branca.

Enfim, em matéria de reacções, de notar as declarações de dois antigos chefes da diplomacia americana e especialistas de Relações Internacionais, os Professores, Henry Kissinger e Condoleeza Rice.

As declarações de Kissinger, são desconcertantes, porque, na altura da vitória do presidente, ele foi recebido por Trump, na sua qualidade de especialista de diplomacia, e declarou então, que o chefe de Estado, era um homem de negócios, incompetente em matéria de Política Internacional e que iria cometer muitos erros.

É o mesmo Kissinger, que agora declarou no programa, "Face The Nation", da CBS, que Donald Trump, que chegou à Casa Branca sem uma experiência de político de carreira, pode ficar na  "história como um bom presidente"; "um presidente que levanta muitas questões inabituais", acrescentando: "Donald Trump é um fenómeno, que os países estrangeiros não viram chegar".

"Logo, é uma dura experiência para esses países, que Trump tenha chegado à Casa Branca. E ao mesmo tempo uma extraordinária oportunidade", sublinhou Henry Kissinger.

Mais comedida, numa conferência em S. Francisco, a ex-chefe da diplomacia, Condoleeza Rice, que no passado já tinha felicitado Trump pela competência da sua equipa governamental, nomeadamente, Jeff Sessions, diz agora, que um “governo sob administração Trump tem de ser visto e sentido diferentes" dos outros.

"Eu penso que há que dar tempo à presidência Trump", tanto mais que  "os americanos são notoriamente ingovernáveis".

Concluindo, Condoleeza Rice, manda um recado ao Presidente Trump, enquanto especialista da Rússia, dizendo que conhece "muito bem Putin e que há que encontrar uma maneira de isolar Putin e o Putinismo, sem isolar os russos".

02:31

João Matos sobre braço de ferro entre Trump e Comey

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