Alemanha: Falecimento de Helmut Kohl, "chanceler da reunificação"
Morreu hoje Helmut Kohl, apelidado de "chanceler da reunificação" por ter sido o principal arquitecto da reunificação da Alemanha. Tinha 87 anos. São várias as reacções de estadistas a louvar o antigo chanceler alemão.
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Helmut Kohl entrou na vida política muito cedo. Em 1946, com apenas 16 anos, entrou na CDU, o partido cristão-democrata alemão. Pouco a pouco, foi ganhando influência e, em 1976, tornou-se no Presidente do Partido, tornando-se chanceler do país em 1982.
Entrou na história por ter sido o grande arquitecto da unificação da Alemanha, o que lhe valeu o apelido de "chanceler da reunificação". A 9 de Novembro, aquando da queda do Muro de Berlim, é apanhado desprevenido numa viagem à Polónia. Volta rapidamente a Berlim para preparar a unificação do país, que entrará em vigor em 1990, não obstante a resistência de alguns parceiros europeus como o Reino Unido.
Além da unificação da Alemanha, Helmut Kohl também foi um fervente defensor da União Europeia. Junto com o Presidente francês da altura, François Mitterrand, participou activamente na elaboração do euro e de uma maior integração europeia.
Nos últimos anos, mantia-se atento às medidas do Governo de Angela Merkel e ao rumo que seguia Bruxelas. Em 2012, afirmou que "precisávamos de mais Europa e não de menos". Desde 2008, encontrava-se numa cadeira de rodas. Morreu hoje com 87 anos.
Estadistas homenageiam "um grande Europeu"
São vários os chefes de Estado que estão a reagir à morte de Helmut Kohl. A chanceler alemã, Angela Merkel, que entrou na vida política pela mão do antigo chanceler, afirmou que Kohl "lhe mudou a vida de maneira decisiva".
Artisan de l'Allemagne unie et de l'amitié franco-allemande : avec Helmut Kohl, nous perdons un très grand Européen. pic.twitter.com/62C4V0Reit
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 16 juin 2017
Já o Presidente francês, Emmanuel Macron, publicou um tweet onde, junto de uma imagem de Helmut Kohl com François Mitterrand, antigo Presidente de França, diz que se perdeu "um grande europeu".
Já Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, afirmou que "a morte de Helmut Kohl o entristece profundamente". "O meu mentor, o meu amigo, a essência mesma da Europa, vai-nos fazer muita falta".
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