Uma em cada cinco crianças vive em pobreza relativa

Uma em cada cinco (21%) crianças nos países ricos vive em situação de pobreza relativa e uma média de uma em cada oito sofre de insegurança alimentar. As conclusões são do último relatório da UNICEF.

Karol Serewis/Gallo Images Poland/Getty Images

Uma em cada cinco (21%) crianças nos países ricos vive em situação de pobreza relativa e uma média de uma em cada oito sofre de insegurança alimentar. As conclusões são do último relatório da UNICEF intitulado “Construir o futuro: Crianças e Objectivos de Desenvolvimento Sustentável em países ricos”, sobre a situação das crianças nos 41 países considerados mais ricos, incluindo os da União Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Este é o primeiro documento que avalia a situação das crianças em 41 países de rendimento elevado, que acrescenta ainda que uma pessoa sofre de pobreza relativa quando vive numa família cujos rendimentos são 60% inferiores ao salário médio nacional.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância teve em consideração nove critérios que figuram entre os objectivos de desenvolvimento durável definidos em 2015 pelas Nações Unidas: redução da pobreza e da fome, promoção de uma vida saudável, de bem-estar, de educação de qualidade, acesso a um trabalho decente, crescimento económico sustentável, paz, justiça e instituições fortes.

Os países do norte da Europa, Alemanha e Suíça, lideram a tabela. Os Estados Unidos estão entre os mais mal classificados, aparecem no lugar 37. A Roménia, Bulgária e Chile ocupam as três ultimas posições. Nos lugares intermédios encontra-se Portugal (18) e França (19).

A UNICEF destaca as melhorias na educação infantil e redução da mortalidade neonatal, mas alerta para “falhas” na redução da pobreza entre as crianças, para uma crescente desigualdade, maior obesidade e pior saúde mental.

Segundo o relatório, o índice de obesidade entre as crianças dos 11 aos 15 anos e a percentagem de adolescentes com problemas de saúde mental “está a aumentar na maioria dos países”.