Incêndio provocou dezenas de mortos em Leiria, Portugal

Pelo menos 62 mortos e dezenas de feridos no incêndio deflagrado ontem, (17) numa floresta de Pedrógão Grande, Leiria, Portugal. O fogo continua a ser combatido pelos bombeiros e forças portuguesas com apoio internacional.

Incêndio numa floresta de Pedrógao Grande, Leiria, provoca tragédia em Portugal. REUTERS/Rafael Marchante

O incêndio que deflagrou, este sábado, (17) numa zona florestal de Pedrógão Grande, em Leiria, Portugal, já provocou 62 mortos e dezenas de feridos.

Os bombeiros locais e nacionais, após alerta lançado pelas autoridades locais estão a combater o incêndio, mas está a ser muito difícil, devido ao intenso calor que se faz nos últimos dias na região e em Portugal.

António Costa, primeiro-ministro, à frente duma comitiva governamental, já se encontra na zona do sinistro e tem estado a receber solidariedade de todas as partes do mundo, nomeadamente, dos países lusófonos e europeus, como a França, que já enviou material de combate do fogo de Pedrógão Grande.

Sobre as dificuldades de combate do incêndio, Pedro Viterbo, director do  Departamento de Meteorologia e Geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, declarou à imprensa estar em contacto com a Protecção Civil e outras estruturas que dão apoio, mas a situação está a ser "incontrolável".

"Temos uma situação em que está tudo muito quente, em que nos dá uma capacidade de termos trovoadas que podem no terreno começar a fazer um incêndio. E a situação neste momento é quase incontrolável. Tenho estado em contacto com a Proteção Civil e é muito difícil de conseguirmos parar o incêndio”.

O especialista português, Pedro Viterbo, continua, lançando um autêntico apelo ao socorro:

"Tendo sido aceso o fogo, não há neste momento uma capacidade rápida de apagar o fogo. A zona é muito grande, são três municípios que estão cheios de carros de bombeiros, cheios de ajudas, mas é uma zona muito grande para conseguir controlar”.

Por seu lado o diretor nacional da Polícia Judiciária, Almeida Henriques, afirmou, que o incêndio deflagrado ontem, sábado, no concelho de Pedrógão Grande teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa.