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Arte / Avignon

Festival de Avignon arranca hoje com obra em japonês

A 71 ª edição do célebre Festival de Avignon arranca esta noite no Pátio de Honra do Palácio dos Papas, com a peça “Antígona”, em japonês, na versão de Satoshi Miyagi . Mas este ano, o festival dará também destaque a artistas do Continente africano.

Festival de Avignon - Pátio de honra do Palácio dos Papas
Festival de Avignon - Pátio de honra do Palácio dos Papas DR
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Fundado em 1947 por Jean Vilar - célebre homem de teatro francês - o Festival de Avignon tornou-se uma das mais importantes manifestações internacionais do espectáculo vivo contemporâneo.

Todos os anos, entre Julho e Agosto, Avignon transforma-se numa cidade - teatro onde dezenas de obras são levadas a palco, para um público de todas as idades, ávido de novidade. Mas não é apenas o teatro que traz ali milhares de pessoas, pois o Festival inclui musica, a dança, artes plásticas, projecções e debates. Avignon transforma-se num gigantesco Fórum onde o publico participa em debates, e entra em contacto com os artistas.

Este ano, o Festival de Avignon dá destaque ao Continente Africano. Mas as peças selecionadas levantaram já uma pequena polémica quanto à própria natureza do teatro africano. E porque razão ? Porque as peças apresentadas contêem mais música e dança do que palavras.

Segundo alguns especialistas, levar a palco teatro africano em Avignon é arriscado. Exemplo disso, o sul - africano Brett Baily foi acusado de racismo, por ser branco, e ter pedido a figurantes negros que representassem cenas onde se visse a crueldade do colonialismo em África.

No dia 29 de Julho, a RFI difunde o espectáculo Femme Noire ( Mulher Negra), com Angélique Kidjo, Isaac De Bankolé, Manu Dibango, Dominic James e MHD, extraído dum poema de Léopold Sédar Senghor. Uma peça que é aguardada com grande interesse.

O  director do Festival de Avignon, Olivier Py  eagiu  sobre  a  polémica  gerada em redor da escolha artística no tocante à representação da África  nesta  edição de 2017. A escolha de Py foi criticada por, segundo  os seus detractores, concentrar-se  na  expressão corporal e  não dar realmente a palavra  aos  artistas africanos. Olivier Py refuta  a crítica sublinhando nomeadamente que  a África representada  no  festival  de 2017  é uma "nova Africa".

 

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Olivier Py, Director do Festival d'Avignon 06.07.2017

   

Entretanto,Tiago Rodrigues, director do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa,  estará também presente, com a sua última obra: O Ponto.

O "ponto" é aquele personagem que ninguém vê, mas cuja acção invisível vem ajudar o actor ou a actriz, que tenha tido uma falha de memória durante a peça, e tenha esquecido momentâneamento  o seu texto. Este é o tema de uma nova criação de Tiago Rodrigues, que estreará em Avignon antes mesmo de se estrear em Portugal.

 

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