Clima e comércio prometem aquecer debates no G20
A reunião inaugural da cimeira do G20, em Hamburgo, na Alemanha, vai ser dominada pela luta internacional contra o terrorismo, mas o clima e o comércio são os temas que mais prometem dar que falar. As atenções estão viradas para o primeiro face a face entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin.
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Antes mesmo de a cimeira começar, no exterior, já se registavam confrontos entre grupos de activistas e a polícia. Esta manhã, vários manifestantes tentaram bloquear os acessos ao centro de congressos e a polícia recorreu a canhões de água.
Durante a noite, houve carros incendiados, 29 pessoas foram detidas e 15 colocadas em prisão preventiva. De acordo com a agência de notícias alemã DPA, teria havido mais de cem feridos entre as forças de segurança.
Para os dois dias de cimeira, foram convocados 30 protestos e as autoridades avançaram que mais de 100.000 pessoas podem manifestar-se.
Clima, comércio e luta contra o terrorismo
A cimeira do grupo dos países mais industrializados e potências emergentes começou com uma reunião centrada na luta contra o terrorismo. Na agenda estão, também, temas como a regulamentação dos mercados financeiros, o crescimento económico, as migrações e a luta contra as alterações climáticas.
Os debates prometem ser vivos, tendo em conta as divergências entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os dirigentes europeus em matéria de comércio e de luta contra as alterações climáticas. Trump avisou logo no twitter, esta manhã, que iria “lutar” para defender “os interesses” do seu país”, cerca de um mês depois de ter anunciado a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.
As atenções estiveram, esta tarde, viradas para o primeiro aperto de mão entre Donald Trump e o seu homólogo russo, Vladimir Putin. "É uma honra reunir-me consigo", disse Trump. "Muito prazer em vê-lo", respondeu Putin.
Numa altura em que, em Washington, continua o inquérito para saber se houve ingerência russa na eleição presidencial americana e se houve contacto entre a equipa de campanha de Trump com o Kremlin, o presidente americano disse que queria trabalhar com Putin, mas ambos os países apoiam campos adversários nos conflitos sírio e ucraniano.
A opinião de Domingos Luvumbo, economista angolano em Munique
Para Domingos Luvumbo, economista angolano em Munique, na Alemanha, as negociações não vão ser fáceis e não se devem criar grandes expectativas com a cimeira.
Domingos Luvumbo, Economista angolano em Munique
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