Homenagem mundial ao dissidente chinês Liu Xiaobo
A homenagem de dirigentes estrangeiros a Liu Xiaobo, dissidente chinês e Prémio Nobel da Paz em 2010, falecido nesta Quinta - feira, não se fizeram esperar. E quase todos pediram a libertação da viúva, Liu Xia.
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Muitos são os dirigentes estrangeiros que já prestaram homenagem a Liu Xiaobo, Prémio Nobel da Paz em 2010, que ontem faleceu num hospital de Shenyang, na China, em liberdade condicional.
O Presidente Donald Trump declarou-se “profundamente entristecido” pelo desaparecimento de Xiaobo, “um homem que consagrou a sua vida à causa da democracia e da liberdade”.
Por seu turno, Rex Tillerson, Secretário de Estado norte - americano, deplorou a morte dum homem “que tinha consagrado a sua vida a tentar melhorar a Humanidade”.
Tanto o Presidente do Conselho Europeu, Donalt Tusk, como o Presidente da Comissâo Europeia, Jean Claude Junker, reiteraram o apelo da União Europeia para que sejam libertados todos os “prisioneiros de consciência “.
Quanto à Chanceler alemã Angela Merckel, escreveu no Twitter ter ficado triste com a morte de Liu Xiaobo, “corajoso combatente pelos direitos cívicos e pela liberdade de expressão”.
Também o Presidente francês, Emmanuel Macron, escreveu no Twitter a sua homenagem a Liu Xiaobo, "grande combatente da Liberdade”, e enviou condolências à familia do Prémio Nobel e à viúva, Liu Xia.
O Ministro dos Negocios Estrageiros britânico, Boris Johnson, deplorou que a China tivesse proibido várias vezes a Liu Xiaobo escolher o seu tratamento médico no estrangeiro.
Quanto ao Secretário Geral da ONU, António Guterres, declarou-se "profundamente entristecido", e exprimiu as suas condolências à família de Xiaobo, e aos amigos. No entanto, evitou criticar as autoridades chinesas quanto a este assunto.
Hoje, a China reagiu com severidade às críticas de governos estrangeiros, enviando protestos às autoridades dos Estados Unidos, Alemanha, França e Nações Unidas.
O porta-voz da diplomacia chinesa rejeitou as críticas, e afirmou que são "ingerências nos assuntos internos do país", explicando que a condenação de Liu Xiaobo "não tem "nada a ver com a liberdade de expressão".
Entretanto, entre tristeza e indignação juntaram-se nesta Sexta-feira dezenas de pessoas no centro de Macau, para uma homenagem ao dissidente chinês, Prémio Nobel da Pas, em 2010.
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