Papa em visita à Colômbia
O Papa Francisco começa nesta quarta-feira uma visita à Colômbia, uma deslocação até dia 10 passando por quatro cidades. O país sul-americano onde a guerrilha do ELN acaba de decretar um cessar-fogo para vigorar a partir de 1 de Outubro.
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O Papa começa hoje uma visita de quatro dias à Colômbia, a deslocação do sumo pontífice ocorre apenas dois dias após o anúncio inédito de um cessar-fogo por parte da guerrilha do ELN, já a partir do próximo mês.
E isto após as FARC, principal guerrilha das últimas cinco décadas, ter terminado na semana passada a sua transformação em partido político, na sequência de um acordo de paz rubricado no ano passado.
Numa mensagem de video difundida dois dias antes da sua partida do papa latino-americano rumo à Colômbia o chefe dos católicos este insistira, precisamente, na paz.
"A paz é o que a Colômbia busca desde há tanto tempo e em prol do qual tanto trabalha. Uma paz estável, duradoura, por forma a que os colombianos se vejam e tratem como irmãos, nunca como inimigos".
No avião o Papa apelou também a rezar pela Venezuela vizinha,mergulhada numa profunda crise social, política e económica.
O Papa alega chegar à Colômbia como "peregrino da paz e da esperança", ele avistar-se-á com Juan Manuel Santos, presidente do país e Prémio Nobel da paz de 2016 e com um vasto rol de entidades deste Estado sul-americano.
Três papamóveis foram disponibilizados para esta visita, fabricados localmente e sem vidros blindados, por forma a que o desejo do Papa seja respeitado para estar o mais perto possível dos fiéis.
Ele será o terceiro papa a visitar a Colômbia (após Paulo VI em 1968 e João Paulo II em 1986), país essencialmente católico, e homenageará em Cartagena o santo jesuíta Pedro Claver, defensor dos escravos, figura eminente do cristianismo do século XVII.
Miguel Barreto Henriques, director do Observatório de construção da paz em Bogotá dá-nos conta do estado em que o chefe dos católicos vai encontrar este país, também ele latino-americano, este oriundo da Argentina.
Miguel Barreto Henriques, director do Observatório de construção da paz em Bogotá
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