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França

Governo francês apresenta o seu "Plano clima"

O Ministro francês do Ambiente Nicolas Hulot apresentou hoje as grandes linhas do seu "Plano clima", um plano que visa nomeadamente lutar contra a precariedade energética que atinge cerca de 12 milhões de pessoas em França e acompanhá-las na luta contra as alterações climáticas.

Ministro francês do Ambiente Nicolas Hulot.
Ministro francês do Ambiente Nicolas Hulot. REUTERS/Michel Euler
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O Ministro francês do Ambiente Nicolas Hulot apresentou hoje as grandes linhas do seu "Plano clima", um plano que visa nomeadamente lutar contra a precariedade energética que atinge cerca de 12 milhões de pessoas em França e acompanhá-las na luta contra as alterações climáticas.

Ao apresentar as primeiras medidas deste plano, Nicolas Hulot destacou nomeadamente a extensão do dispositivo de apoio financeiro à aquisição de veículos limpos. A partir de 2018, este subsídio de 500 a 1000 Euros que já existia para os agregados familiares mais humildes vai ser generalizado e poderá ascender aos 2000 Euros para todos aqueles que possuem carros a gasolina anteriores ao ano de 1997 ou a diesel do período anterior a 2001. Para quem quiser passar para o carro eléctrico, o apoio terá o valor de 2500 euros.

Outra medida, é a generalização em todo o território do "cheque energia", um dispositivo que já foi testado em quatro distritos que consiste em pagar a conta de gás e electricidade das camadas mais desfavorecidas. Este subsídio que vai passar a ser automático poderá ter um valor oscilando entre 48 e 227 euros por ano, devendo ser revalorizado em 2019 para passar a ser de uma média de 200 euros anuais. Este dispositivo deveria abranger uns 4 milhões de pessoas em situação de precariedade.

O "Plano clima" prevê ainda outra medida, o chamado "Crédito de Imposto para a Transição Energética" (CITE), dispositivo que já existe sob a forma de crédito de imposto pago vários meses depois da realização de obras de isolamento numa habitação, mas que a partir de 2019 vai passar a ser um subsídio pago directamente logo após o fim das obras. O governo acredita que, deste modo, esta medida que até agora beneficiava os mais abastados poderá tornar-se mais acessível.

Enfim, Nicolas Hulot prevê ainda um apoio que poderá ascender aos 3000 Euros para as famílias mais carenciadas que quiserem deixar de utilizar aquecimentos poluentes e passar a utilizar fontes de aquecimento renováveis. Refira-se entretanto que a prazo, o Ministro do Ambiente não exclui a aplicação da chamada Ecotaxa, uma taxa a ser paga pelo sector dos transportes para financiar a luta contra o aquecimento global, um dispositivo cuja simples evocação no passado foi o suficiente para levar camionistas à rua... Nicolas Hulot referiu hoje em entrevista ao jornal Libération que não encara a aplicação desta taxa "tal e qual" mas que "é normal que um dia o transporte rodoviário contribua para o esforço".

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