Macau elegeu novos deputados
O sufrágio directo para a Assembleia Legislativa de Macau registou a maior afluência de sempre, com 57% de participação. A União de Macau foi a lista mais votada, seguida da União para o Desenvolvimento.
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Este domingo, a Assembleia Legislativa de Macau elegeu 14 deputados por sufágio directo e 12 por sufrágio indirecto (através das associações). [O hemiciclo tem, no total, 33 parlamentares, mas há sete que são nomeados pelo chefe do Executivo.]
No sufrágio directo, esta foi a votação mais concorrida de sempre, com cerca de 57% dos eleitores a deslocarem-se às urnas (174,872 eleitores entre 307.020 recenseados). No sufrágio indirecto, houve uma taxa de participação de 91,67% (5.587 votantes).
No voto directo dos eleitores, a lista mais votada foi a União de Macau-Guangdong, de Mak Soi Kun, que conseguiu reeleger o número dois, Zheng Anting.
A União para o Desenvolvimento, a lista dos operários, também elegeu dois deputados: Ella Lei e o estreante Leong Sun Iok.
O terceiro deputado mais votado foi Si Ka Lon, oriundo da força política de Fujian.
A quarta lista mais votada foi a de José Pereira Coutinho, um português que está há 12 anos na Assembleia.
Sulu Sou, candidato da Associação Novo Macau - o mais antigo grupo pró-democracia do território - tornou-se aos 26 anos, o mais jovem deputado e uma das poucas vozes pró-democracia no hemiciclo.
No sufrágio indirecto, três novas caras surgem num total de 12 deputados: Ip Sio Kai, que substitui Leonel Alves ao fim de 33 anos como deputado, Lam Lon Wai e Lei Chan U.
As eleições legislativas de Macau não formam Governo já que é um colégio eleitoral, composto por 400 eleitores, que elege, de cinco em cinco anos, o chefe do Executivo, que depois escolhe os cinco secretários que integram o Governo.
Oiça aqui o rescaldo deste escrutínio com José Carlos Matias, da Rádio Macau.
José Carlos Matias, Jornalista Rádio Macau
Este mesmo jornalista em Macau deu-nos conta da nova fisionomia do hemiciclo deste antigo território luso no Sul da China e do papel desempenhado aí pela língua portuguesa.
José Carlos Matias sobre nova assembleia e papel do português
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