Depois do referendo, greve geral na Catalunha
Passados dois dias do referendo, a Catalunha volta a ser palco de protestos por parte da população. Esta manhã, jovens estudantes e grupos de trabalhadores catalães protestaram contra a violência da polícia registada no domingo.
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A Catalunha enfrenta esta terça-feira uma greve geral organizada pelos principais sindicatos e organizações a favor da independência.
Os manifestantes protestam contra a actuação da polícia que, no último domingo, actuou em diferentes escolas, onde os catalães votavam num referendo pela independência da Catalunha.
A convocação da manifestação estendeu-se a vários sectores como o transporte, comércio, agricultura, educação. Os sindicatos minoritários, impulsores da mobilização, a qualificaram os protestos de hoje como sendo uma “greve geral”.
No total foram contabilizadas 24 manifestações que interromperam o trânsito em várias vias da Catalunha, provocaram paralisações de mais de 10 quilómetros, segundo informações do Serviço Catalão de Transporte.
O Governo da Catalunha realizou no domingo, 1 de Outubro, um referendo separatista, declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional, do qual, segundo o executivo catalão, participaram 2,2 milhões de pessoas.
No domingo passado, a polícia interveio e foram realizados despejos nos locais de voto por ordem judicial para impedir a votação. Mais de 800 pessoas foram feridas, das quais duas se encontram em estado grave, segundo o governo catalão.
Em Barcelona, Osvaldo Vera Cruz, engenheiro informático são-tomense descreve o aumento das divergências entre Madrid e Catalunha depois das violências registadas no domingo.
Osvaldo Vera Cruz, engenheiro informático são-tomense residente em Barcelona
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